Folha de S. Paulo


Serviço de táxi em SP precisa de maior participação do usuário, diz Haddad

O prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) sinalizou, nesta quinta-feira (10), que deve sancionar o projeto de lei que proíbe aplicativos de transporte particular como o Uber. Para ele, o texto está de acordo com o entendimento atual de sua administração.

O projeto, aprovado nesta quarta-feira (9), recebeu 43 votos favoráveis e três contrários na segunda votação e agora depende da sanção de Haddad.

"Efetivamente [o Uber] não é um serviço regulamentado e não está previsto na legislação atual. O projeto de lei assegura regularidade e o apoio à categoria dos taxistas, porque são 30 mil famílias que vivem dessa profissão".

De acordo com Haddad, o serviço de táxi na cidade de São Paulo é "um dos melhores do país", e o projeto de lei sinaliza aprimoramentos em sua qualidade, como a maior participação do usuário no processo e a incorporação de tecnologia no serviço.

"O usuário tem que fazer parte do processo avaliativo. O que ele gosta nesses novos aplicativos é a possibilidade de ser muito bem atendido, de ter seus direitos respeitados, de poder informar, num mecanismo ágil, uma avaliação do serviço prestado", disse.

O processo de avaliação do sistema, segundo o prefeito, não pode depender apenas de técnicos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), mas também dos usuários, principalmente nos casos em que for necessário aplicar penalidades aos taxistas.

REDE HORA CERTA

Em visita à unidade móvel Vila Carrão da Rede Hora Certa, conjunto de hospitais que realizam exames, consultas com especialistas e cirurgias, Haddad também anunciou que a cidade de São Paulo terá vinte hospitais da rede até até o fim de 2016, além de dez unidades móveis. Até agora são quinze unidades fixas.

A unidade móvel, segundo Haddad, funciona até a construção da unidade fixa da Vila Carrão. A reforma, de cerca de R$ 8 milhões, levará de seis a oito meses para ser concluída após a finalização de seu projeto, que deve ocorrer em novembro.

Além disso, a meta para o início do ano é de que todos os centros cirúrgicos da rede estejam funcionando com anestesistas e aceleração no agendamento de cirurgias que estão aguardando atendimento. Para o prefeito, será "uma mudança importante na mudança do SUS na cidade".

De acordo com ele, a redução de tempo de fila para a realização de exames na rede móvel já foi significativa, com até 97% de queda em alguns casos, como o dos exames de colonoscopia. O último passo é a aceleração no processo cirúrgico.


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