A gestão Fernando Haddad (PT) anunciou nesta sexta-feira (4) ter entrado em acordo com o Ministério Público para um possível fechamento da avenida Paulista para veículos aos domingos.
Antes disso, a gestão Haddad se comprometeu a criar audiências públicas para discutir o tema e sugeriu que os debates aconteçam no vão livre do Masp.
A prefeitura também se comprometeu a entregar estudos viários mostrando alternativas para o tráfego na área em dia de fechamento. Haverá nesse material opções de acesso a todos os hospitais das imediações da Paulista.
Serão realizadas audiências também em todas as subprefeituras para discutir o fechamento de vias locais.
De acordo com a prefeitura, o órgão se manifestou favoravelmente sobre a medida e sugeriu que seja estendida para outras vias da cidade.
O anúncio ocorreu após encontro que reuniu o secretário municipal dos Negócios Jurídicos, Robinson Barreirinhas, o procurador-geral do Município, Antonio Carlos Cintra do Amaral Filho, e os promotores Camila Mansour Magalhães da Silveira e Mário Augusto Vicente Malaquias, da Habitação.
A reportagem não localizou os promotores ou a assessoria de imprensa do Ministério Público.
RESISTÊNCIA
O Ministério Público vinha resistindo à ideia de fechar a Paulista aos domingos.
Um inquérito sobre o bloqueio foi aberto pelo promotor Malaquias, que havia recomendado à prefeitura não fechar a avenida.
No entendimento do promotor, um acordo firmado com a prefeitura em 2007 limita a três por ano o número de eventos de duração prolongada que bloqueiam a via.
Desde então, à exceção de manifestações, a Paulista vem fechando apenas na Parada Gay, na corrida de São Silvestre e no Réveillon.
Em 23 de agosto, a via foi bloqueada pela segunda vez, para a inauguração de novo trecho de ciclovia na av. Bernardino de Campos, conectada à da Paulista. O primeiro fechamento foi em junho.