Folha de S. Paulo


Cinco são mortos em um intervalo de três horas em Porto Alegre

A noite de quarta-feira (2) foi marcada por violência em Porto Alegre com ao menos cinco pessoas mortas em um intervalo de três horas. Uma das vítimas morreu em confronto com a Brigada Militar (a PM gaúcha).

Por volta das 19h30, um suspeito de tentativa de abuso sexual foi espancado na rua Pio X, no bairro Bom Jesus. Ele foi levado pelo Samu (Serviço Atendimento Médico de Urgência) a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Quase uma hora depois, um homem foi encontrado baleado na rua Padre Pedro Leonardi, no bairro Restinga. A vítima, José Carlos Bueno Correa, foi levada a um hospital da região, onde morreu.

Um homem foi encontrado morto a tiros na rua Araci de Azevedo José, no bairro Santa Tereza, às 21h50. A Brigada não soube informar o nome da vítima.

Meia hora depois, um suspeito de roubo morreu após uma troca de tiros com a Brigada Militar na rua Octávio de Souza, no bairro Teresópolis.

Com o suspeito, os policiais recuperaram um carro roubado e apreenderam drogas, duas armas e munições.

Outro homem foi encontrado morto por policiais civis na avenida Moab Caldas, no bairro Santa Tereza, por volta das 22h30. Nenhum suspeito dos crimes foi preso, segundo a Brigada Militar.

A Brigada nega que as mortes tenham alguma ligação com o aquartelamento dos policiais militares realizado desde esta terça (1º). Segundo o órgão, os PMs estão trabalhando normalmente.

Apesar da negativa da corporação, como a *Folha mostrou, familiares de PMs têm impedido a saída de PMs dos quartéis, o que reduz o policiamento nas ruas.

Servidores estaduais estão em greve geral desde segunda (31) em protesto ao parcelamento dos salários imposto pelo governo José Ivo Sartori (PMDB). Por lei, os PMs não podem aderir à paralisação –daí a atuação de seus familiares.


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