Folha de S. Paulo


Não há tempo para mais discussão, diz chefe da segurança da USP

Vinicius Ferreira
Para José Antonio Visintin, a entrada da PM no campus da universidade deve ocorrer imediatamente
Para José Antonio Visintin, a entrada da PM no campus da universidade deve ocorrer imediatamente

Chefe da segurança da USP desde o início do ano, o professor José Antonio Visintin disse que não há mais tempo para discussões e a entrada da Polícia Militar no campus da universidade deve ocorrer imediatamente.

"Não posso ficar discutindo, discutindo, discutindo e os fatos acontecendo na USP", disse Visintin, professor do departamento de medicina veterinária.

A seguir, os principais trechos de sua entrevista à Folha nesta quarta (2).

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Folha - Como foi a ação da PM e da Guarda Universitária quando o aluno foi baleado no campus?

José Antonio Visintin - O aluno está bem, ótimo, falando. O tiro não comprometeu nada, só atingiu uma parte pequena do fígado. A guarda foi instantaneamente para lá. Foi um sucesso, em coisa de minutos o aluno estava no Hospital Universitário e no centro cirúrgico. E a guarda entrou em contato com a polícia, que prendeu três bandidos imediatamente.

O policiamento comunitário da PM começará semana que vem na universidade?

Sim. Agora é pra valer, nós não podemos correr mais riscos. Foi uma discussão que tivemos hoje [nesta quarta-feira]. Os policiais [militares] já treinados vêm para a USP.

Quantos policiais militares vão para a USP?

Não sei, depende de quantos já estão treinados. Quem sabe é o secretário da Segurança Pública [Alexandre de Moraes].

Não estava prevista uma consulta à comunidade acadêmica antes da implementação do modelo de polícia comunitária?

O plano está em andamento. Agora não posso ficar discutindo, discutindo, discutindo e os fatos acontecendo na USP. A discussão acontecerá paralelamente à implementação. Não posso deixar os pais preocupados com a segurança de seus filhos na USP.

Como será essa discussão paralela?

Será on-line e presencial. Quero fazer um formulário on-line, coletar respostas e elaborar uma estatística. E quero envolver os pais também. Professores, funcionários, alunos e pais poderão responder ao formulário.

Onde será a base da polícia comunitária?

Será em frente à praça do Relógio, onde já há uma base da guarda universitária [e onde uma aluna foi estuprada em junho].


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