Folha de S. Paulo


Chuva fraca e contínua faz nível do Cantareira ficar estável; Alto Tietê cai

A chuva fraca e contínua que atingiu a região metropolitana de São Paulo durante boa parte desta quinta-feira (27) fez com que o nível do sistema Cantareira, o maior da Grande SP e em situação mais crítica, permanecesse estável nesta sexta-feira (28).

De acordo com balanço da Sabesp, o Cantareira opera com 12,2% da capacidade. Apenas o nível do reservatório do Alto Tietê recuou em relação ao dia anterior. O manancial de Guarapiranga se manteve estável, e os níveis dos demais sistemas oscilaram positivamente entre 0,1 e 0,2 ponto percentual em comparação com o índice anterior.

A capital paulista registrou nesta quinta o dia mais chuvoso do mês de agosto –19,2 mm de água, segundo dados das estações meteorológicas do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências, da prefeitura). Até então, a última chuva mais expressiva havia sido observada no dia 03 de julho, quando a média foi de 37,3 mm.

Com a chuva desta quinta, a cidade já registra 23,5 mm de água –a média histórica de chuvas prevista para agosto é de 25,4 mm. O sistema Cantareira foi um dos que mais se beneficiou com a chuva: acumulou 15,4 mm de água e já acumula 30,5 mm –88,6% do volume esperado para o mês (34,4 mm). O Cantareira abastece 5,3 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista –eram cerca de 9 milhões antes da crise da água. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas.

Editoria de Arte/Folhapress

MEDIÇÃO DO CANTAREIRA

O percentual usado na medição do sistema Canteira tem como base a quantidade de água naquele dia e a capacidade total do reservatório, de 1,3 trilhão de litros e que inclui o volume útil (acima dos níveis de captação) e as duas cotas do volume morto (reserva do fundo das represas, captadas com o auxílio de bombas).

Até então, o índice considerava o volume morto apenas na quantidade disponível, e não na capacidade total –sem ele, o sistema tem capacidade de 1 trilhão de litros de água. Essa é uma das três metodologias que a Sabesp usa atualmente para divulgar o volume do reservatório.

OUTROS RESERVATÓRIOS

O Alto Tietê, que abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo, opera com 14,2% da capacidade –recuo de 0,1 ponto percentual em relação ao dia anterior. Com a chuva desta quinta, o sistema acumulou 11,5 mm de água e já acumula 18,3 mm –o que equivale a 49,8% da média para mês (36,7 mm).

No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).

A represa Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, opera com 68,4% da capacidade. O Guarapiranga acumula somente 21,2 mm de água –53,1% do volume esperado (39,9 mm).

O nível do sistema de Rio Grande, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 82,2% da capacidade após avançar 0,2 ponto percentual em relação ao índice anterior.

O reservatório Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, opera com 53,9% da capacidade. Já o sistema de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 60,4% da capacidade após avançar 0,1 ponto percentual em relação a medição anterior.

A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.


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