Folha de S. Paulo


Cantareira capta só 87% do esperado; Guarapiranga tem maior alta no mês

O sistema Cantareira, o maior da Grande SP e em situação mais crítica, acumulou apenas 43,5 mm ou 87% do esperado para o mês de julho.

O Cantareira deve terminar julho com percentual de volume total menor que o do início do mês. No dia 1º de julho, o sistema estava com 15,3% da capacidade de volume total e agora está com 14,6%.

Mesmo faltando três dias para acabar o mês, caso se confirmem as previsões do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), não deve haver aumento nos índices do Cantareira. Segundo o instituto, não há previsão de chuvas significativas para os próximos dias.

"Nesta quarta-feira (29) ainda amanhece com frio; nevoeiros pelo leste do estado. A partir de quinta-feira, o tempo segue com predomínio de sol; somente no leste haverá alguma variação de nebulosidade, com formação de névoa úmida e bancos de nevoeiros", informou boletim do instituto.

OUTROS SISTEMAS

Por outro lado, os demais sistemas que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo ou acumularam mais água que o previsto para o período ou estão muito próximos da média histórica.

Alto Tietê, Guarapiranga, Alto Cotia e Rio Grande tiveram média histórica de acúmulo pluviométrico superada.

O destaque entre esses reservatórios foi o Guarapiranga que conseguiu acumular 210% a mais que o esperado para julho e está com 77% da capacidade do volume total armazenada.

Já o sistema Rio Claro acumulou 96% do total de chuva esperado este mês e tem 72,3% da capacidade do volume total armazenada.

JULHO CHUVOSO

De acordo com dados divulgados, nesta terça-feira (28), pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), órgão da prefeitura paulistana, as chuvas neste mês totalizaram 75,3 mm, quando a expectativa mensal é de 47,2 mm.

As chuvas ficaram 60% acima da média histórica na cidade de São Paulo.

A maior parte da chuva acumulada na capital paulista caiu no dia 3 de julho. Naquele dia, o volume acumulado médio foi de 37,3 mm, ou 79% do esperado para todo o mês e índice superior ao registrado no mesmo período de 2014.

Conforme a CGE, as chuvas na cidade de São Paulo ocupam o sexto lugar entre as mais volumosas para um mês de julho, na série histórica que iniciou em 1995.

O número de precipitações despertou a atenção dos especialistas, por conta do contraste com o mês anterior.

"Vale notar que o mês de junho deste ano foi muito seco, com apenas 17,6 mm na cidade, ficando 68% abaixo do esperado para o período, que é de 46,6 mm", disse Michael Pantera, meteorologista do CGE, em comunicado.


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