Folha de S. Paulo


Após enchente, Esteio (RS) decreta situação de emergência

A Prefeitura de Esteio (região metropolitana de Porto Alegre) decretou na tarde desta terça-feira (14) situação de emergência, após a maior enchente da história da cidade. Mais de 600 pessoas ficaram desabrigadas e 1.500 desalojadas.

Com a emissão do decreto de situação de emergência, a prefeitura pode agilizar o atendimento aos afetados pelas chuvas, especialmente na compra de materiais e mantimentos. "É a maior enchente em intensidade da nossa história", disse o prefeito Gilmar Rinaldi.

A data das férias escolares de julho nas escolas municipais de Educação Infantil e centros de educação básica foi antecipada para esta quarta-feira (15) devido as chuvas. O recesso escolar iniciaria no dia 20.

A Secretaria de Saúde do município também está oferecendo vacinas contra hepatite C e antitetânica para evitar risco de doenças. As vacinas são aplicadas nas unidades básicas de saúde e nos abrigos.

CHUVA

Em 36 horas, choveu aproximadamente 200 milímetros em Esteio, 80 mm acima do esperado para todo o mês de julho. Com isso, houve o transbordamento dos rios dos Sinos, os arroios Esteio e Sapucaia.

Equipes de todas as secretarias municipais, das Defesa Civil municipal e estadual e do Corpo de Bombeiros trabalharam entre a noite de segunda (13) e a madrugada desta terça-feira (14) para resgatar os afetados pelo transbordamento dos rios. Muitos moradores foram resgatados de barco das casas alagadas.

Também ajudaram no resgate aos moradores equipes do Exército, Pró-Sinos, grupos de Defesa Civil de cidades da região e voluntários.

Os desabrigados foram levados a dez abrigos distribuídos nas principais regiões afetadas pela chuva: Jardim das Figueiras, Travessa Jorge de Souza Moraes, Três Marias, São José, Vila Nova, Navegantes, Novo Esteio e nas ruas Bento Gonçalves, Ezequiel Nunes Filho e Theodomiro Porto da Fonseca.

ATENDIMENTO ON-LINE

A Prefeitura de Esteio também utilizou o Facebook para agilizar o atendimento e orientar os moradores para que deixassem números de telefone e endereço caso precisassem de barco para resgate.

Em uma das mensagens, a prefeitura pedia que os moradores das áreas alagadas protegessem seus móveis e soltassem os animais domésticos das correntes.

Em resposta a um dos posts da prefeitura, um morador escreveu que a avó de 90 anos e o tio de 60 estavam em uma imóvel alagado no bairro Navegantes e pediu ajuda."Pelo amor de deus tirem eles de lá, eles não estão atendendo ao telefone pois tão com dificuldade".

Outra moradora pediu ajuda para a tia de 65 anos e a prefeitura solicitou o telefone para contato pela rede social para ajudar a idosa.


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