Folha de S. Paulo


Crise faz Hospital São Paulo suspender internações que não são emergenciais

O Hospital São Paulo, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), suspendeu a partir desta quinta-feira (18) as internações que não sejam de emergência.

O hospital informou que a suspensão é temporária e fará avaliações diárias para decidir se continua ou não a limitar as internações.

Um dos maiores hospitais de São Paulo e centro de referência em atendimento de alta complexidade, o Hospital São Paulo passa por uma grave crise financeira, enfrenta greve de servidores e está com superlotação.

"A situação orçamentária é crítica já há algum tempo e estamos em negociação com o Ministério da Educação/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e os gestores locais para equacionar essa condição", disse em nota o hospital.

Marco Ambrosio/Folhapress
Na entrada do pronto-socorre, hospital informa que suspendeu internações não emergenciais
Na entrada do pronto-socorro, hospital informa que suspendeu internações não-emergenciais

Além da crise financeira, o hospital também enfrenta uma paralisação de servidores públicos federais que prejudica o atendimento aos pacientes. Segundo o hospital, falta profissionais, principalmente técnicos e enfermeiros, para realizar o atendimento –em média, o hospital atende a cerca de 900 casos por dia no Serviço de Urgência e Emergência. A reitoria da Unifesp diz que deveria ser atendido, no máximo, 300 pacientes por dia.

"A demanda de casos urgentes tem sido muito alta, com pacientes graves vindos sem nenhuma regulação por conta da desestruturação de outras unidades de atendimento de saúde públicas, seja por falta de médicos ou por falta de recursos". O pronto-socorro e equipe médica também estariam sobrecarregados.

Na entrada do pronto-socorro foi colocada uma faixa informando a suspensão do atendimento: "Prezado usuário, nossa unidade está em superlotação, só atendemos casos de urgência e emergência".


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