Folha de S. Paulo


'Até no meio de Beverly Hills tem comércio', diz arquiteto

Ampliar a possibilidade para que restaurantes e comércios de médio porte se instalem perto de áreas residenciais da cidade é visto como positivo pelo urbanista e consultor Vagner Landi.

Na visão dele, em muitas das avenidas de bairros como os Jardins e Pinheiros, ninguém mais quer morar. Então, por que não, estimular o comércio nesses locais.

Em entrevista à Folha, o arquiteto, titular da Destac Engenharia, comenta o adensamento dos eixos de transporte, outro ponto polêmico do projeto da lei de zoneamento, entregue nesta terça (2) pelo prefeito Fernando Haddad (PT) aos vereadores.

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Folha - Qual é a sua análise sobre o aumento das zonas comerciais perto de áreas exclusivamente
residenciais?

Vagner Landi - Ninguém quer morar em ruas como a Avenida Brasil, por exemplo. Se começar a abrir restaurantes no local vai valorizar a área e não contrário. Em Los Angeles, até no meio de Beverly Hills tem restaurantes. Isso é importante.

O adensamento dos eixos de transporte também é viável?
Sou contra a limitação de apenas uma garagem sem pagamento de outorga onerosa nestes locais. A implantação de algumas Zeis (área para habitação social) em áreas em consolidação, como no bairro do Tatuapé (zona leste da capital), deve ser revista.

A distribuição das zonas de interesse social, para moradia popular, está bem feita na sua opinião?
A implantação de algumas Zeis (área para habitação social) em áreas em consolidação, como no Tatuapé, deve ser revista. É um erro colocar essas áreas, que são importantes, onde vários prédios já estão sendo construídos e praticamente um novo bairro está sendo feito.

Editoria de Arte/Folhapress

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