Folha de S. Paulo


Esmeralda milionária encontrada na BA deve ficar com empresa dos EUA

A Justiça americana deu prazo de 15 dias para que as partes envolvidas na disputa por uma esmeralda bruta, descoberta na Bahia, em 2001, e reclamada como patrimônio nacional pelo governo brasileiro, apresentem apelação contra decisão do juiz Michael Johnson, da Suprema Corte de Los Angeles.

O magistrado determinou, na última quinta-feira (28), que a empresa FM Holdings apresentou evidência clara de ser a dona da pedra, com base no depoimento de três sócios da companhia.

Editoria de Arte/Folhapress

Com isso, o juiz abriu caminho para o fim de uma disputa que já dura seis anos e conta com centenas de argumentações. Caso não haja recurso, a decisão será final.

A Folha relatou o imbróglio em torno da pedra preciosa em reportagem publicada há duas semanas.

O advogado da FM Holdings, Andrew Spielberger, disse à AFP que seus clientes estão muito felizes e que sempre disseram que eram os donos da joia.

O valor da pedra, composta por nove tubos verdes, é calculado em US$ 400 milhões é está sendo guardada pela polícia de Los Angeles.

Os mineiros que encontraram a pedra a levaram para São Paulo, mas, em 2005, ela foi enviada a um geólogo na Califórnia, que a remeteu para Nova Orleans, onde ficou desaparecida por várias semanas devido às inundações causadas pelo furação Katrina.

Depois de ser resgatada da água, a esmeralda terminou nas mãos do empresário Larry Califórnia Biegler, que relatou seu desaparecimento em 2009. A FM Holdings declara que pagou US$ 1,3 milhão pela joia.

Quando a Justiça estava prestes a chegar a um veredicto, o Brasil entrou na disputa para reivindicar o direito pela esmeralda e pedindo que o material voltasse para o país.

O governo brasileiro tenta negociar diretamente com o governo dos Estados Unidos a volta da pedra preciosa.


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