Folha de S. Paulo


Adolescente assume participação em morte de médico no Rio, diz polícia

Um adolescente de 15 anos se entregou na tarde desta quarta-feira (27) a agentes da DH (Divisão de Homicídios) e declarou ter participado do assalto que terminou no esfaqueamento do médico Jaime Gold, 57, na lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio.

De acordo com a polícia, o menor afirmou que participou do latrocínio junto com outro jovem, de 16 anos, apreendido na semana passada. Segundo o relato do adolescente apreendido nesta quarta, o primeiro jovem identificado como suspeito do crime foi o responsável pelas facadas, o que ele nega.

"O segundo menor apreendido estava no quadro da bicicleta e o primeiro, conduzindo a bicicleta. O primeiro menor apreendido deu as facadas e entregou a faca para o segundo menor apreendido. Este, ao ver que a faca estava suja de sangue, a jogou fora", disse a delegada Patrícia Aguiar, que considera o caso encerrado.

Divulgação
ONG Rio de Paz faz ato no local onde médico foi esfaqueado durante assalto na lagoa Rodrigo de Freitas
ONG Rio de Paz faz ato no local onde médico foi esfaqueado em assalto na Lagoa Rodrigo de Freitas

A apreensão do segundo adolescente ocorreu após a mãe do menor procurar o conselho depois dele contar a ela a participação no caso. O procedimento foi intermediado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, que acompanhou o encaminhamento do adolescente à sede da DH, onde foi levado para prestar depoimento.

O jovem, que mora com o pai no bairro do Jacaré (zona norte), se entregou acompanhado da mãe e do irmão a agentes da DH, em Vilar dos Telles, na Baixada Fluminense.

Ainda segundo a secretaria, o jovem já teria participado de outro crime há pouco tempo e cumprido pena de 45 dias no Instituto Padre Severino. Na data em que teria participado do assassinato do médico o jovem estava em liberdade assistida. A polícia afirma que ele tem cinco anotações criminais.

O primeiro adolescente apreendido participou da segunda audiência na Justiça e voltou a negar participação na morte de Gold. Ele afirma que estava em casa, na favela de Mandela (zona norte). Ele foi reconhecido por uma testemunha, base para a representação do Ministério Público.


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