Folha de S. Paulo


Ministério da Saúde distribuirá 54 milhões de vacinas contra gripe

Com atraso, o Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (30) a nova campanha de vacinação contra a gripe, que começa 4 de maio e prossegue até o dia 22 do mesmo mês em todo o Brasil.

A exceção é no Rio Grande do Sul, onde a vacina já está sendo aplicada devido às temperaturas mais baixas em relação ao restante do país.

Ao todo, serão disponibilizadas 54 milhões de doses. A ideia é vacinar 49,7 milhões de brasileiros que fazem parte do grupo de pessoas com maior risco de complicações devido à doença.

O público-alvo são crianças de seis meses a menores de cinco anos, pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.

Também fazem parte do grupo prioritário pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis, de acordo com definição da Organização Mundial de Saúde.

O dia principal de mobilização contra a gripe, o chamado dia D, está marcado para 9 de maio.

Neste ano, a vacinação ocorre mais tarde em relação ao previsto –no ano passado, a campanha iniciou em 22 de abril. O atraso trouxe críticas devido à proximidade do inverno, um cenário que pode se complicar caso a meta de imunizar até 80% do público-alvo não seja atingida até 22 de maio. O período de maior circulação da gripe vai do final de maio a agosto.

O governo inicia a campanha sempre antes do inverno para que o organismo crie anticorpos que geram a proteção contra a gripe. Em média, isso leva de duas a três semanas.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, atribuiu a demora à necessidade de incorporação de duas novas cepas do vírus da gripe, que circulam em países do hemisfério Norte.

"Essas duas semanas foram decisivas para que o laboratório pudesse fazer a produção da nova vacina. O pior cenário seria utilizar uma vacina 'velha' e sem capacidade de resposta", afirmou.

A vacina protege contra três subtipos do vírus, que apresentam mais chance de complicações: A/H1N1, A/H3N2 e influenza B. Ao todo, foram investidos R$ 487,6 milhões na aquisição das doses neste ano.

A imunização é não indicada para pessoas que já tiveram reações em doses anteriores ou para aqueles que tem alergia a ovo de galinha e derivados.

PREVENÇÃO

A transmissão do vírus da gripe ocorre pelo contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre pelo contato das mãos com objetos contaminados, levadas à boca, olhos e nariz.

Para prevenir o contágio, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados como lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.

Os sintomas da gripe são febre, tosse ou dor de garganta, além de dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Em casos mais graves, pacientes apresentam falta de ar, febre por mais de três dias e dor muscular intensa, entre outros.


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