Folha de S. Paulo


Nº de casamentos cresce pelo 4º ano seguido em SP e é o maior em 30 anos

Os casamentos civis registrados no Estado de SP tiveram um aumento de 3% no ano de 2013, chegando ao maior número em 30 anos. Segundo levantamento feito pela Fundação Seade, foram 280,3 mil uniões legais, o que corresponde a uma média de 768 por dia.

Esse foi o quarto ano seguido em que a fundação registrou aumento no número de casamentos civis –a última queda aconteceu em 2009. A Seade aponta como justificativa a facilidade para obtenção de divórcio, a mudança da união consensual para casamento civil e os incentivos dos programas de casamentos coletivos.

Outro ponto destacado pela pesquisa foi o número de casamentos homoafetivos, que chegou a 1.966 (0,7%). Desde 2011, os casais do mesmo sexo tinham a união estável reconhecida, mas apenas em maio de 2013 o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) converteu a união estável em casamento civil.

Nessa categoria, o maior volume de casamentos foi de mulheres do mesmo sexo, totalizando 53,5%.

Em relação às idades dos casais homoafetivos, as mulheres que se casaram em 2013 eram mais novas que os homens. A idade média de uma das cônjuges era de 35,2 anos e a da outra de 37,2 anos, enquanto, no caso dos homens, as idades médias foram de 37,4 e 39,8 anos.

Entre os casais heterosexuais, a idade média das mulheres foi de 30,4 anos e dos homens de 33,1. Embora as idades não tenham variado muito em relação ao ano anterior, a pesquisa aponta que 25,3% dos casamentos foram de casais em que o homem era mais novo que a sua parceira, o que corresponde a uma leve elevação.

Outro ponto analisado pela Seade são os meses em que se concentram os casamentos no Estado de SP. O mês de agosto, que costumava registrar menor número de uniões civis, perdeu lugar para janeiro e fevereiro. O mais procurado, por sua vez, deixou de ser dezembro, que ficou em segundo colocado, e passou a ser novembro.

No caso exclusivo dos casais gays, o segundo semestre concentrou o maior número de casamento, até mesmo por conta da data da aprovação da resolução que liberou esse tipo de união.


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