Folha de S. Paulo


Zelador é suspeito de matar homem após discussão em Perdizes

O zelador de um edifício na rua Apinajés, no bairro de Perdizes (zona oeste de São Paulo), é suspeito de matar um homem na tarde desta quinta-feira (9).

O crime aconteceu após uma discussão entre o zelador, Francisco da Costa Silva, 31, e o autônomo Júlio César Galvão, 25.

Arquivo Pessoal
Julio César Galvão com a esposa Kátia Gonçalves; Galvão foi morto após discussão com zelador
Julio César Galvão com a esposa Kátia Gonçalves; Galvão foi morto após discussão com zelador

Segundo a polícia, testemunhas afirmam que Silva costumava assediar a mulher de Galvão, Kátia Gonçalves, 28, há meses, chamando-a para sair e mandando mensagens em seu celular.

Kátia trabalha numa loja de materiais de construção na rua Aimberê, paralela ao local do crime e havia se queixado ao marido das investidas de Silva.

Galvão foi então tirar satisfações com o zelador na tarde desta quinta.

Por volta das 13h20, os dois homens começaram a discutir perto do edifício onde Silva trabalha, na rua Apinajés. O zelador então sacou uma arma e disparou em direção a Galvão, que foi atingido no peito e no abdômen.

Socorrido, ele chegou a ser levado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu.

Kátia foi com o marido até o local, mas ele pediu para que ela não presenciasse a discussão. Ela então foi até uma farmácia. No meio do caminho, escutou os tiros e se escondeu dentro de um restaurante, temendo que também pudesse ser alvo de Silva. Quando saiu, viu Galvão já caído na esquina da rua Apinajés com a Vanderlei.

Uma funcionária de um salão de beleza ao lado de onde o crime ocorreu conta que viu o zelador "correndo atrás de um homem e atirando".

O zelador, que é casado, tem uma filha de 12 anos e é natural da Paraíba, é considerado foragido pela polícia.

O delegado titular do 23° DP (Perdizes), Lupércio Antonio Dimov, disse que já pediu a prisão preventiva do suspeito e que a polícia trabalha para capturá-lo o mais rápido possível, para que ele não escape do flagrante. Ele deve ser indiciado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe.

Para o delegado, o crime foi premeditado, já que Silva portava uma arma no momento da discussão. Ele teria sido ameaçado por Galvão previamente.


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