A Prefeitura de Santos anunciou na noite desta quinta-feira (9) o embargo de todas as atividades da Ultracargo, cujos tanques de armazenamento na área portuária da cidade estão em chamas há oito dias.
Em nota, a prefeitura explica que as atividades da empresa na cidade estão suspensas até que sejam cumpridas todas as determinações legais para garantir a segurança no local.
Segundo a prefeitura, o embargo foi baseado no Código Municipal de Posturas, que autoriza suspensão das atividades de estabelecimentos comerciais, industriais ou portadores de serviço que sejam prejudiciais à saúde, higiene, segurança e sossego público e ao bem-estar social.
O auto de embargo foi entregue à Ultracargo no início da noite por fiscais do Defemp (Departamento de Fiscalização Empresarial e Atividades Viárias), da Secretaria de Finanças.
Em nota, a Ultracargo afirma que o terminal sempre funcionou com "todas as licenças e autorizações necessárias" e "que suas operações obedecem todas as legislações, regulações e normas técnicas aplicáveis".
A companhia diz, ainda, que "vai prestar todos os esclarecimentos necessários" à prefeitura e que "continuará em cooperação com as autoridades".
FOGO CONTROLADO
Nesta tarde, o Corpo de Bombeiros anunciou que havia controlado o incêndio com ajuda de materiais químicos e que continuaria os trabalhos de resfriamento dos tanques.
À noite, porém, novas labaredas foram vistas no local. Segundo Marco Aurélio Alves Pinto, comandante do Corpo de Bombeiros, o fogo no tanque principal foi extinto, mas ainda há resquícios.
"Tivemos uma mudança de cenário bem favorável, extinguimos o incêndio no tanque principal. Eram três pontos de fogo, eliminamos o principal. Agora temos outros dois pontos, mas são fogos em tubulação. Estamos tentando localizar e fechar as válvulas", disse em entrevista à imprensa.
"A chama que se vê em cima do tanque ocorre pois há um resto de combustível, além do fogo na tubulação, que aquece e produz vapores", disse.