Se dependesse de sua mãe, Arlette D'Antola teria seguido o exemplo da maioria das moças criadas no bairro paulistano da Mooca: casar-se cedo e criar uma família.
A jovem, no entanto, tinha ideias diferentes. Acreditava que as mulheres deveriam ser independentes, com direitos iguais aos dos homens.
Assim, foi cursar pedagogia na USP, iniciando uma notável trajetória profissional. Foi de professora de jardim de infância no bairro onde nasceu a diretora da Faculdade de Educação da PUC-SP.
Como coordenadora da pós-graduação, admitiu Paulo Freire, com quem trabalhou durante vários anos e a quem muito admirava.
Passou ainda por outras escolas e universidades, como a Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Rio Claro.
Sua vocação para a docência era tamanha que gostava de educar a todos: além dos alunos, familiares, amigos, empregados e colegas. Também escreveu livros da área.
Arlette sempre foi perfeccionista em tudo. Para se ter uma ideia, deixou o piano de lado porque não se considerava tão boa no instrumento. Se não era para tocar direito, preferia ouvir quem o fizesse. E ouvia. Adorava ver concertos na Sala São Paulo.
Em casa, era excelente cozinheira, principalmente quando se tratava de fazer macarrão ou outro prato italiano. Convidava os amigos para provarem seus quitutes.
Viajar era outro de seus passatempos, sempre ao lado de Cesar, seu marido havia 44 anos. Conheciam a Itália toda; o último passeio para lá foi em agosto passado.
Morreu no dia 22, após uma cirurgia, aos 74. Deixa Cesar, o irmão, Dario, e sobrinhos.
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VEJA AS MORTES PUBLICADAS NESTA SEGUNDA-FEIRA
Verônica Mariel Fimkelstein Chabar - Aos 52. Deixa filhos. Cemitério Israelita do Butantã.
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7º DIA
Alberto Szalai - Amanhã (7/4), às 19h30, paróquia Santa Cruz de Itaberaba, av. Itaberaba, 2093, Itaberaba.
Coraly Pimentel de Mello Ferreira - Quarta (8/4), às 19h, na igreja Santa Teresinha, rua Maranhão, 617, Higienópolis
Gilberto Arruda Peixoto - Amanhã (7/4), às 19h30, na igreja São João de Brito, rua Nebraska, 868, Brooklin.