Mineiro de Formiga, Paulo Moura Magalhães Gomes dizia que sua paixão por doces devia-se à terra natal.
Além de apreciador de guloseimas, era ótimo cozinheiro. Fazia uma bala de coco incomparável e acertava como ninguém o ponto da calda de diversas compotas.
Paulo ainda levava jeito para quitutes salgados e bebidas. Gostava de fazer caipirinha para os outros –mas preferia uma pinguinha pura– e de cozinhar bacalhau –tinha a sua própria receita.
Fora da cozinha também possuía seus dons. Aprendeu a empalhar cadeiras depois dos 70 anos e ensinou aos pequenos com fazer e empinar pipas. Quando ainda era permitido, soltava balões.
Admirava pássaros sem lembrar muito dos nomes e adorava uma reunião de família, quando contava as passagens de sua vida, como na vez em que, aos 17 anos, quase caiu do bonde. O susto lhe deixou como sequela o vitiligo, que o transformou num "alemão bem descolorido".
Teve dois casamentos. Do primeiro, são três filhos; do outro, três enteados –formando uma família de meios-irmãos, netos e bisnetos.
Viajou o Brasil todo com a segunda mulher, Sylvia. Apesar de "esquecidinha" por causa do mal de Alzheimer, prestes a completar 92 anos, ela sempre dava beijinhos no marido ou pegava-lhe a mão. Se estavam distantes, trocavam mensagens de celular.
Paulo fazia aniversário com a neta Manu, em 5 de julho, o que sempre rendia um grande evento na família.
O ex-vendedor de máquinas de contabilidade morreu no último dia 18, aos 95, depois de sofrer um AVC (acidente vascular cerebral).
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VEJA AS MORTES PUBLICADAS NESTA SEXTA-FEIRA
Ida Faerman - Aos 94. Deixa os filhos Wilson, Lilian e Arnaldo, os irmãos Israel e Manita, netos e bisnetos. Cemitério Israelita do Butantã.
Halita Cohen Zagury - Aos 85. Deixa o filho Marcos, as irmãs Dina e Anita e netos. Cem. Israelita do Butantã.
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EM MEMÓRIA
Nazira Simão Alexandre - Amanhã (4/4), às 17h, na ig. São Gabriel, av. São Gabriel, 108, Jd. Paulista.