Folha de S. Paulo


Moradores da zona sul reclamam de água suja e fedida

Moradores do Jardim Turquesa, em M'Boi Mirim (zona sul de São Paulo), passaram mal após ter contato com água malcheirosa e de cor escura que está saindo das torneiras de cerca de 25 casas na estrada do M'Boi Mirim, altura do número 6.500, desde domingo (22).

Segundo os moradores, ao menos 15 pessoas estão com diarreia, vômito, dor de cabeça e febre. Os vizinhos ligaram para a Sabesp, que recolheu na terça (24) uma amostra da água.

A filha do aposentado Ademar Maurício de Deus, 54, passou mal na escola e foi levada para a UBS Parque Novo Santo Amaro, onde outras 12 pessoas foram atendidas com o mesmo problema desde o início da semana. "Disseram que é um surto de diarreia".

A assessoria de imprensa da Sabesp informou, por meio de nota, que a empresa detectou uma infiltração de "água não potável" na rede de abastecimento na estrada do M'Boi-Mirim e que está trabalhando para resolver o problema.

Rivaldo Gomes/Folhapress
Albert Montanheli mostra sujeira acumulada na caixa-d'água de sua casa, no Jardim Turquesa, zona sul de SP
Albert Montanheli mostra sujeira acumulada na caixa-d'água de sua casa, no Jardim Turquesa, zona sul

CANTAREIRA

Mesmo com três dias seguidos sem chuva, os reservatórios que abastecem a Grande São Paulo voltaram a ter alta nesta quinta (26). Segundo a Sabesp, o Cantareira subiu 0,2 ponto percentual em relação ao dia anterior e está com 14,1%.

O percentual usado agora tem como base a quantidade de água no dia e a capacidade total do reservatório, de 1,3 trilhão de litros e que inclui o volume útil (acima dos níveis de captação) e as duas cotas do volume morto (reserva do fundo das represas, captadas com o auxílio de bombas).

Até então, o índice considerava o volume morto apenas na quantidade disponível, e não na capacidade total –sem ele, o sistema tem capacidade de 1 trilhão de litros de água.


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