Folha de S. Paulo


Termina sem acordo audiência entre garis e empresas de limpeza de SP

Terminou sem acordo a audiência de conciliação realizada nesta terça-feira (24) entre os sindicatos dos trabalhadores de limpeza pública e o Sindicato das Empresas Urbanas de São Paulo. Com isso, a greve dos garis, que começou na segunda-feira (23), continua em algumas cidades da Grande SP e do interior do Estado.

A audiência desta terça aconteceu no TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) da capital paulista. Esta foi a segunda audiência de conciliação. Na primeira, que ocorreu na sexta-feira (20), também não houve acordo.

O TRT manteve a proibição de greve nos serviços de aterro sanitário e coleta de lixo hospitalar, além de estipular o contingente mínimo de 70% nos serviços de limpeza urbana e coleta domiciliar, sob pena de multa diária no valor de R$ 100 mil.

A greve atinge o ABC paulista (exceto Rio Grande da Serra e São Bernardo do Campo), além de Itanhaém, Paulínia, Cotia e Itapevi. Os municípios de Andradina e Osasco estão cumprindo liminar que exige manutenção de 70% do serviço.

A categoria pede aumento salarial de 11,73%, mas o Sindicato das Empresas Urbanas de São Paulo oferece 7,68% de reajuste. O salário médio dos empregados gira em torno de R$ 900.

A Femaco (Federação de Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação Ambiental, Urbana e Áreas Verdes do Estado), que agrega os sindicatos, informou que a maioria das cidades paulistas, exceto São Paulo e Campinas, que têm data-base diferente, aderiram à paralisação. O Vale do Paraíba e a Baixada Santista também não aderiram porque têm data-base em maio. A federação estima que 30 mil trabalhadores estejam em greve.


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