Folha de S. Paulo


Em procissão, fiéis rezam por chuva no centro de São Paulo

A procissão pela bênção da chuva promovida pela Arquidiocese de São Paulo neste domingo (22), Dia Mundial da Água, chegou à Catedral da Sé após uma hora de caminhada pelo centro da cidade. O encerramento seria feito com uma missa rezada pelo arcebispo paulista, dom Odilo Scherer.

Segundo os organizadores, cerca de 1.500 pessoas participaram debaixo de chuva da marcha, que teve início às 15h15, saindo da igreja da Consolação.

Para o arcebispo, a procissão também serviu para conscientizar a população para o uso racional da água."Pedir água [a Deus] não exime ninguém, nem políticos nem cidadãos, da responsabilidade [pela falta d'água]. Agora, descobrimos que conseguimos viver com menos água", afirmou.

Dom Odilo defendeu a realização desse tipo de procissão, normalmente feita em cidades do interior e do Nordeste, na maior cidade do país. "Não é coisa de cidade pequena. A fé se faz em toda parte. São Paulo também precisa de água", disse.

A caminhada teve paradas na porta das igrejas de Santo Antônio e São Francisco, com a multidão cantando e levantando os guarda-chuvas.

"Fizemos debaixo da chuva, foi uma demonstração da fé do nosso povo a esse apelo. Se o dia estivesse bonito, teríamos mais gente, mas foi um bom resultado", afirmou dom Odilo.

Funcionária de uma padaria, Andressa Araújo, 20, era uma das fiéis que acompanhavam a marcha. Moradora da Vila Mariana, ela conta nunca ter ficado sem água, mas não descarta passar por esse problema. "Acredito que esse pedido aqui vai dar certo, mas todo mundo tem que se conscientizar. Deus pode ajudar, mas todos temos que fazer nossa parte", declarou.


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