Folha de S. Paulo


Após oito dias de paralisação, garis do Rio encerram greve

Garis do Rio de Janeiro já estão de volta ao trabalho, neste sábado, 21. Após oito dias de paralisação e negociação com a Comlurb, empresa municipal de limpeza, a categoria aceitou a proposta de 8% de aumento salarial, auxílio-funeral de R$ 800 e a permanência do vale-alimentação de R$ 20. Vários bairros da cidade ficaram com lixo acumulado nas ruas.

O fim da greve foi confirmado na sexta-feira, 20, após quatro horas de reunião no Ministério Público do Trabalho (MPT). Durante mais de uma semana, houve várias reuniões que terminaram sem consenso entre as partes.

Inicialmente, a categoria exigia 40% de aumento no piso salarial, além de aumentar o vale-refeição de R$ 20 para R$ 27. A prefeitura ofereceu apenas o dissídio da categoria, de 3%, alegando que no ano passado houve aumento de 44% na remuneração dos garis, além de melhoria nos benefícios.

Na quarta-feira, 18, após audiência na Justiça do Trabalho, que terminou sem acordo, os trabalhadores chegaram a dizer que aceitariam um reajuste entre 10% e 15%. A Comlurb, no entanto, aumentou a oferta para 8%, que acabou sendo aceita na noite de sexta, 20.

Com o fim da greve, será realizada uma audiência de conciliação no (TRT) Tribunal Regional do Trabalho, quando serão tratados os detalhes jurídicos, como a forma de reposição dos dias sem trabalho.

Antes disso, o vice-presidente do Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Rio, Antônio Carlos da Silva, lembra que a categoria enviará, na segunda-feira, 23, uma petição ao TRT determinando o fim da greve

"Não é o que queríamos inicialmente, mas diante da proposta que estava viável na mesa de negociações, a categoria achou por bem finalizar a greve", afirmou Silva.


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