Folha de S. Paulo


Chuva volta a causar alagamentos, afeta trens e complica trânsito em SP

As chuvas fortes voltaram a provocar transtornos aos paulistano nesta sexta-feira (20). Houve alagamentos, problemas em linhas da CPTM e trânsito complicado durante toda a tarde. Por volta das 20h10, persistiam apenas quatro pontos de alagamento transitável na zona leste.

As chuvas começaram por volta das 13h40, colocando a zona leste e parte do sul em atenção. Rapidamente, ela se espalhou para toda a capital paulista, mantendo o estado de atenção até as 16h50. Depois disso, as chuvas permaneceram moderadas em algumas cidades da Grande SP.

Durante o temporal, a capital paulista chegou a registrar 29 pontos de alagamento. A linha 10-turquesa da CPTM foi paralisada entre as estações Brás e Mooca e a linha 11-coral entre as estações Luz e Tatuapé, por cerca de uma hora, por conta de um alagamento. Na segunda, os usuários chegaram a circular pelos trilhos até a plataforma mais próxima.

Já as linha 2-verde e 3-vermelha do metrô circularam com velocidade reduzida e maior tempo de parada por questão de segurança.

O temporal também complicou o trânsito da cidade. Por volta das 20h10, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) ainda registrava 18,3 km de filas nas pistas expressa e local, sentido Ayrton Senna, desde a Atílio Fontana até a Milton Tavares de Souza.

Na marginal Pinheiros, o motorista encontrava 10 km de retenção na pista expressa, sentido Castello Branco, desde a ponte Nova Morumbi até a ponte do Jaguaré.

Durante o temporal, motoristas que estavam em algumas das ruas alagadas, como o elevado Costa e Silva (o Minhocão) e avenida Marquês de São Vicente chegaram a fazer conversões proibidas e até desligar os carros na espera que a água baixasse. Na Mooca, funcionários de lojas ficaram ilhados.

Uma árvore caiu sobre ao menos um carro na rua Alagoas, na região de Higienópolis (centro). Não houve feridos, mas a rua permanecia bloqueada por volta das 18h30.

Segundo o CGE, a chuva desta sexta foi provocada por áreas de instabilidade formadas pela combinação do calor e a alta umidade na atmosfera. A Mooca (zona leste) foi a região que registrou o maior acumulado de chuva, chegando a 51,6 mm (milímetros), em seguida foram a Sé (45,2 mm) e Vila Mariana (30,8 mm).

O tempo não deve mudar nos próximos dias. O sábado (21) começará com muitas nuvens e períodos de sol no período da manhã. Já à tarde áreas de instabilidade associadas ao calor e a aproximação de uma frente fria provocarão chuva em forma de pancadas fortes com trovoadas e mais generalizadas. As temperaturas não devem passar dos 28ºC.

Na quinta (19), a chuva causou transtornos, com transbordamento de córregos, fechamento do aeroporto de Congonhas, granizo e trânsito complicado. Uma pessoa chegou a ser arrastada pela enxurrada em Taboão da Serra (na Grande SP) e permanece desaparecida.

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