Folha de S. Paulo


Em greve, garis fazem protesto em frente à sede da Prefeitura do Rio

Um grupo formado por cerca de 220 garis protesta no início da tarde desta terça-feira (18) diante da sede da Prefeitura do Rio, na avenida Presidente Vargas, no centro da cidade.

Os garis, representados pelo Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação, estão em greve desde a última quinta-feira (12).

Eles pediram um reajuste de 40%, mas a contraproposta foi de 3%, segundo um dos líderes da paralisação, Bruno Coelho de Lima. Como não se chegou a um acordo, a categoria parou.

José Lucena - 14.mar.15/Futura Press/Folhapress
Lixo acumulado pelas ruas do centro do Rio de Janeiro; categoria volta a protestar na frente da prefeitura
Lixo acumulado pelas ruas do centro do Rio de Janeiro; categoria volta a protestar na frente da prefeitura

A assessoria de imprensa da Comlurb, que tem a concessão para fazer a limpeza das ruas do Rio, informa que no sábado (14) apresentou uma proposta de 7% de reajuste, que não foi aceita pelos grevistas.

Segundo Lima, a parte mais afetada da cidade é a zona norte. "No bairro de Piedade houve adesão total", afirma.

Ele diz que, na cidade inteira, a categoria está cumprindo uma determinação da Justiça do trabalho e garantindo que 75% do trabalho seja feito.

Os grevistas dizem que estão à espera de uma oferta da prefeitura que ao menos reponha o valor da inflação.

Está prevista para a quarta-feira (18) uma reunião entre as duas partes na Justiça do Trabalho.

Segundo a Comlurb,15 trabalhadores que seguiram trabalhando foram agredidos e fizeram boletins de ocorrência. O líder dos grevistas afirma que os agressores não foram feitas por grevistas, mas por pessoas que querem atingir a imagem dos que aderiram à greve.

Para evitar novas agressões, a Comlurb contratou escolta privada para acompanhar os garis que resolveram trabalhar. Policiais militares também foram destacados para isso.

Também foram tomadas medidas para mitigar o problema da falta de limpeza: outros funcionários da prefeitura, como guardas civis e empregados da secretaria de serviços públicos foram deslocados para o varrimento de ruas. Além disso, a empresa terceirizou parte da coleta de lixo.


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