Folha de S. Paulo


Garis entram em greve no Rio de Janeiro

O sindicato de Garis do Rio de Janeiro anunciou na noite desta quinta-feira (12) que vai entrar em greve após ter rejeitado a proposta de aumento de 3% apresentada pela Prefeitura do Rio. A paralisação vai começar à 0h desta sexta-feira (13).

De acordo com Antônio Carlos Silva, que é vice-presidente do sindicato, cerca de mil funcionários estiveram presentes à assembleia que definiu o início da greve.

"Amanhã (sexta) todos os funcionários vão parar, não é possível receber uma proposta de aumento desse nível. Nós somos trabalhadores, lutamos pelo nosso salário e estamos indignados com esses valores oferecidos. Queremos negociar, mas desde que apresentem valores condizentes com a realidade."

A Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana do Rio) possui cerca de 24 mil funcionários. Entre as exigências dos grevistas estão o aumento de 7,7%, além de 40% de acréscimo no adicional de insalubridade. Eles também reivindicam um vale-alimentação de R$ 27 por dia.

Em 2014, os garis chegaram a entrar em greve durante o Carnaval. O pedido era por um salário-base de R$ 1.200, além do adicional de insalubridade e outros benefícios. O aumento conseguido foi de 9% no salário-base, que, junto com o adicional de insalubridade, chegou a R$ 1.224,70. O valor de auxílio-alimentação diário subiu de R$ 12 para R$ 20.

A Comlurb informou que está em período de negociação do acordo coletivo com os garis e com o Sindicato dos Empregados e Empresas do Asseio e Conservação do Rio de Janeiro. A companhia também informou que está sempre aberta ao diálogo e lamenta ter sido surpreendida por um anúncio de greve ainda durante a fase de negociação e sem o aviso prévio previsto em lei.

Para decretar uma greve legal, a legislação determina uma notificação com 72 horas de antecedência, além de contingente mínimo que garanta a prestação dos serviços essenciais.


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