Folha de S. Paulo


Antonio Celso de Arruda Campos (1934-2015) - Descobriu quatro espécies pré-históricas

Montealtosuchus arrudacamposi imortalizou, ao menos para a ciência, Antonio Celso de Arruda Campos (mais precisamente seus sobrenomes) e a terra natal deste paulista de Monte Alto.

O réptil pré-histórico foi uma das quatro espécies descobertas pelo professor Toninho, que usou a aposentadoria, a partir da década de 1980, para se aventurar em escavações a procura de fósseis.

Os primeiros "ossos" ele guardava em casa mesmo. Depois, conseguiu uma salinha na administração municipal até a abertura do Museu de Paleontologia, que dirigiu desde a fundação, em 1992, e que hoje leva seu nome.

Foi se interessando pelo tema e, mesmo autodidata, tornou-se referência para a classe científica. Filiado à Sociedade Brasileira de Paleontologia, em 2012 foi condecorado, durante a reunião anualmente da entidade, por sua relevante contribuição à área.

Quando não dispensava a atenção com os animais pré-históricos, ficava de olho nos peixes. Conheceu "todos os rios de São Paulo e de Minas" e também pescou no mar.

Aposentou-se como oficial de Justiça, mas antes, a exemplo dos pais e dos seis irmãos, foi professor. Deu aulas no Colégio Comercial Deodoro Arruda Campos, que leva o nome de seu pai.

Em outubro, comemorou os 80 anos com uma grande festa. Dois meses depois, teve um AVC (acidente vascular cerebral). Internado desde então, morreu na segunda (23). Deixa Giselda, após 63 anos, entre namoro e casamento, três filhas e três netos.

A missa do sétimo dia será às 17h de hoje (1°/3), na paróquia Senhor Bom Jesus.

coluna.obituario@uol.com.br


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