Folha de S. Paulo


Infraestrutura e estabilidade são atrativos para estudar fora do Brasil

É para desenvolver tecnologia na área de combustíveis "que ajude o Brasil" que Pedro Navarro, 17, se prepara para a batalha de "applications" (processos seletivos).

Cresce número de brasileiros que querem fazer graduação fora do Brasil

Beneficiário do programa Ismart, instituto que dá bolsas para alunos de baixa renda estudarem em escolas particulares, Pedro quer se formar em engenharia química com "minor" (diploma secundário) em astronomia.

Ele conseguiu outra bolsa para fazer faculdade fora.

"Acho o ambiente universitário no Brasil meio monótono. Nos EUA, não são só os professores que falam", compara. Em universidades públicas brasileiras, seria "chato" enfrentar greves e ter "verbas para pesquisa cortadas".

Morador de Sorocaba (a 99 km de São Paulo), Pedro aprendeu inglês jogando videogame e pesquisando os termos do jogo na internet.

Juliana Hamada, 19, tentou dez universidades e foi aprovada em duas: a Universidade da Califórnia, nos EUA, e Universidade British Columbia, no Canadá. Optou pela segunda, onde cursa o primeiro ano de engenharia, com "minor" em literatura.

Seu objetivo é trabalhar com desenvolvimento de aparelhos médicos. "Gostaria de trabalhar por aqui, adquirir experiência, e depois voltar para levar as coisas que aprendi ao meu país", afirma.

Para ela, a infraestrutura oferecida pelo curso e os ganhos pessoais são as vantagens de estudar no Canadá.

"Conheci pessoas de todo o mundo e isso me fez apreciar a diversidade quanto a cultura do meu próprio país. E preciso aprender a me virar sozinha, o que me deixou mais madura e responsável."


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