Folha de S. Paulo


Hans Michael Seibert (1937-2015) - 'Bon vivant', liberal e aventureiro

Nem mesmo internado para o tratamento de um câncer Hans Michael Siebert perdia o bom humor que lhe era característico. Dava beijinhos nas enfermeiras, chamava-as de "meu amor".

Boêmio e "bon vivant", sempre foi muito liberal com as quatro filhas. Falava sobre "sexo, drogas e rock'n'roll" sem usar meias-palavras.

Em seu antigo Camaro dourado envelhecido, adorava descer a serra em direção a Santos. Curtia tudo o que tivesse motor ou velocidade (era um fã das corridas de F-1 às de cavalos).

Na terra natal de seus pais, a Alemanha, estudou engenharia mecânica. Trabalhou na fábrica de facas de aço industrial da família, a primeira do Brasil, até ela ser vendida, nos anos 1980. Mudou-se então para Joinville (SC), onde tinha uma autopeças.

"MacGyver" consertava qualquer coisa que precisasse de reparo (principalmente se a solução fosse a cola Araldite). Tinha um quartinho só para as ferramentas.

Estava em seu terceiro casamento, mas conseguia reunir as quatro filhas, dos dois primeiros, com as ex-mulheres e a atual sem transtorno algum. Fazia "uma farofa só".

Nos últimos anos, o paulistano (e são-paulino) optou por viver em Guararapes, no interior do Estado. Assim, ficava mais próximo da natureza e dos bichos; adorava gatos, cachorros, cavalos.

Morreu no dia 20, aos 77. Deixa a viúva, Diva, as filhas, seis netos e dois irmãos.

A missa do sétimo dia será rezada amanhã (1°/3), a partir das 11h, na paróquia Nossa Senhora da Esperança, em Moema, zona sul paulistana.

coluna.obituario@uol.com.br


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