Folha de S. Paulo


Após chuva, SP ainda tem enchente, árvores caídas e semáforos com pane

A forte chuva que atingiu São Paulo no final da tarde de quarta-feira (25) provoca reflexos na vida do paulistano na manhã desta quinta-feira (26). Na avenida Presidente Wilson, no Ipiranga (na zona sul de SP), continua com um ponto de alagamento intransitável.

Apesar do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) não informar mais pontos de alagamento, a Folha flagrou uma rua alagada na Mooca.

Na manhã desta quinta-feira não há pontos de alagamento na cidade, de acordo com informações do CGE, mas ainda há árvores caídas e problemas com semáforos. A previsão para quinta-feira (26) é de sol com altas temperaturas na capital paulista, mas com novas pancadas de chuva no fim do dia.

Editoria de Arte/Folhapress

A prefeitura ainda não divulgou o balanço de árvores caídas nem quantas ruas seguem bloqueadas. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) também não informa o número de ruas que estão bloqueadas por conta de quedas de árvores. A companhia diz que apenas 1,07% dos semáforos da cidade está com problemas.

Os trens do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) operam normalmente. No início da manhã, os trens da linha 7-rubi da CPTM operavam com velocidade reduzida entre Francisco Morato e Jundiaí. Segundo a CPTM, o problema já foi solucionado e ocorreu devido a uma falha no sistema de energia.

A forte chuva de ontem deixou um homem de 47 anos morto em Santa Cecília, região central de SP. O carro de José Paulo Machado foi atingido por fios elétricos após a queda de uma árvore. O acidente aconteceu por volta das 16h, na rua Tupi, quando a vítima seguia para uma entrevista de emprego. Machado chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

TRÂNSITO RECORDE

A chuva de quarta-feira complicou a volta para casa do paulistano para casa. A CET registrou o maior congestionamento do ano, chegando a 294 km de filas, às 19h, o que corresponde a 33,4 km dos 868 km de vias monitoradas. Semáforos com falha e quedas de árvore também prejudicaram o trânsito.

Com o término da maior parte dos alagamentos, a avenida Luis Inácio de Anhaia Melo (zona leste) tinha uma fila de guinchos para remover os carros atingidos pela enchente. Algumas pessoas lamentavam a falta de seguro para arcar com o prejuízo. "A cidade não tem estrutura, não suporta chuva forte", disse o administrador Cesar de Lucca, 38.

Já na CPTM, três linhas de trens foram afetadas por alagamentos e raios, e tiveram a circulação suspensa em alguns trechos. A linha 8-diamante e a 10-turquesa foram normalizadas no decorrer do dia, mas a linha 7-rubi ainda tinha trens trafegando com velocidade reduzida por volta das 21h.

Com isso, houve registro de tumulto e vandalismo afetando o metrô e a CPTM, que têm estação integrada na Barra Funda. Segundo a assessoria do Metrô, o problema começou na CPTM, que teve uma composição depredada. Em seguida, houve tumulto na estação, com a suspensão do embarque para o metrô. Às 21h, no entanto, a situação já estava mais calma.


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