Folha de S. Paulo


Horário de verão acaba neste sábado; economia de energia foi de 0,5%

O horário de verão está chegando ao fim. Os brasileiros que vivem nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul devem atrasar seus relógios em uma hora à meia-noite deste sábado (21) –na virada do sábado para o domingo.

No total, o horário de verão foi responsável pela redução de 0,5% no consumo total de energia no país, informou o Ministério de Minas e Energia, em balanço preliminar.

Editoria de arte/Folhapress

Essa economia foi o equivalente ao consumo mensal das cidades de Brasília (195 Mwmed), nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, e de Florianópolis (55 MWmed), no Sul.

O governo avaliou a possibilidade de ampliar o horário diferenciado este ano, em função da estiagem que tem afetado o nível dos reservatórios das hidrelétricas. Acabou decidindo manter o tempo estabelecido em lei.

O horário deve terminar no terceiro final de semana de fevereiro. Como neste ano a data coincidiu com o Carnaval, o horário durou uma semana a mais.

ECONOMIA

O horário de verão tem o intuito de melhor aproveitamento da luz do sol e de reduzir a demanda por energia elétrica - e o carregamento dos sistemas de transmissão - durante o período de ponta de carga (das 18h às 21h).

No Sudeste e Centro-Oeste, houve uma redução na demanda de energia no horário de ponta de 1.970 MW, o equivalente ao dobro da demanda de Brasília. No Sul, a redução da demanda no horário de ponta foi de 625 MW, informou o governo.

O ministério estima ainda que tenha havido um ganho de armazenamento de energia nas hidrelétricas de 0,4% no Sudeste e Centro-Oeste, e de 1,1% no Sul.

Ao anunciar o início deste horário de verão, o governo afirmou que ele representaria uma economia menor do que a do ano passado, por causa da estiagem e o consequente acionamento mais intensivo de termelétricas.

O governo ainda não divulgou a economia feita com a redução do uso de térmicas, o que deve fazer na próxima semana. Em outubro do ano passado, estimava ser de R$ 278 milhões.

No horário de verão anterior, a economia feita com a redução da compra de energia de térmicas foi da ordem de R$ 405 milhões.


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