A cidade de São Paulo registrou cerca de 230 casos de dengue nas cinco primeiras semanas deste ano, segundo dados preliminares da prefeitura. O número é 64% maior que o mesmo período do ano passado, que teve 140 casos confirmados.
Já os dados consolidados das quatro primeiras semanas do ano, apresentam um aumento ainda maior em relação ao ano passado. Foram 220 casos confirmados, ante 81 em 2014 -um incremento de 171%.
Segundo o prefeito Fernando Haddad (PT), o índice de crescimento é menor do que a prefeitura esperava.
Nas três primeiras semanas, a prefeitura tinha registrado 120 casos —número três vezes maior que o mesmo período de 2013. Agora, com os novos dados, a prefeitura diminuiu a expectativa de 90 mil para 60 mil casos durante todo esse ano.
Segundo a Secretaria da Saúde, campanhas de prevenção e a divulgação de reportagens na imprensa sobre o risco do armazenamento de água de forma indevida explicam a redução no ritmo de crescimento da doença.
A prefeitura teme que a incidência do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, cresça por causa da maior armazenamento de água pela população, em virtude da crise hídrica.
A redução da pressão da água tem causado falta de água em toda a cidade. O mosquito se desenvolve na água limpa.
"Não podemos desmobilizar, se passarmos a ideia de que está tudo bem, vamos relaxar no controle", disse Haddad, em evento no centro da cidade nesta quinta-feira (12).
Durante o evento, a prefeitura anunciou que agentes da Defesa Civil vão participar do combate à doença a partir dessa semana. O órgão vai ceder 32 carros com alto-falante para divulgar mensagens de prevenção à dengue.
Os veículos vão circular diariamente por bairros das 32 subprefeituras da cidade.
MORTES
No ano passado, o Estado de São Paulo registrou 193.636 casos da doença. Na capital paulista, em 2014, foram registrados 28.995 casos (97,7% ocorreram no primeiro semestre), com 14 óbitos ao longo do ano.