Folha de S. Paulo


Em dois dias, polícia bloqueia mais de 900 celulares roubados em São Paulo

A polícia de São Paulo bloqueou mais de 900 celulares roubados ou furtados nos últimos dois dias. A medida de bloquear o IMEI (identificação internacional de equipamento móvel, em português) em até 12 horas após a solicitação da Polícia Civil começou a vigorar no Estado na segunda-feira (9).

Segundo o secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, os 900 aparelhos bloqueados já tinham sido roubados antes da publicação resolução. "A polícia está usando o mecanismo e as operadoras vêm realizando rapidamente o bloqueio. Nós constituímos um grupo junto com as operadoras para ver mecanismos ainda mais rápidos e mais eficazes", disse.

O IMEI funciona como o chassi do aparelho e quando bloqueado impede o reaproveitamento do celular após o roubo. Antes da medida, o próprio cliente tinha que solicitar o bloqueio, o que não acontecia com frequência. Segundo as empresas de telefonia móvel, geralmente, os clientes pedem apenas o bloqueio do chip.

Com a nova resolução, ao realizar o registro do boletim de ocorrência de roubo ou furto de celular, a vítima autoriza a polícia a requisitar o bloqueio do telefone. Caso a vítima não esteja com o número do IMEI, ela pode registrar o BO e ainda terá mais 15 dias para apresentar o código de identificação –dado que pode ser solicitado à operadora ou encontrado na nota fiscal.

A nova medida, que foi anunciada na última sexta (6), visa combater o aumento de crimes envolvendo celulares, que, segundo o governo, representaram 52% dos objetos roubados no Estado. Por mês, estima-se que 17 mil celulares sejam roubados ou furtados no Estado.

DESBLOQUEIO

O governador de São Paulo anunciou nesta sexta que enviará à Assembleia Legislativa projeto de lei, em regime de urgência, que proíba empresas não autorizadas de desbloquearem o IMEI de telefones celulares.

Segundo o tucano, de acordo com a nova proposta, apenas as empresas que tiverem autorização da Polícia Civil poderão fazer o desbloqueio. "Inclusive, as empresas que atuarem clandestinamente, há a possibilidade de perderem a inscrição estadual", explicou.

O objetivo da iniciativa estadual é desmotivar o roubo de celulares, uma vez que, bloqueados os aparelhos, não poderão ser utilizados por grupos criminosos.


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