A uma semana do início do Carnaval, Salvador registrou, nesta sexta-feira (6), um tiroteio que deixou 12 mortos e quatro feridos –entre eles um policial, atingido de raspão.
A polícia chegou a afirmar que 13 pessoas foram mortas, mas a Secretaria de Segurança Pública corrigiu o número no início da noite, para 12.
A troca de tiros entre policiais militares e cerca de 30 suspeitos de roubo e tráfico de drogas ocorreu em via pública no Cabula, bairro de classe média baixa que fica a cerca de 10 km dos principais circuitos da festa baiana.
Segundo a polícia, o Serviço de Inteligência obteve a informação de que o grupo planejava arrombar uma agência bancária na região. A polícia afirma que, quando chegou ao local, foi recebida com tiros e reagiu. As mortes dos suspeitos foram registradas como autos de resistência.
| Edson Ruiz/Coofiav/Folhapress | ||
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| Peritos recolhem um dos 12 mortos na operação da Polícia Militar em bairro de classe média baixa |
A polícia apreendeu 15 revólveres, dois coletes à prova de balas, munição e drogas como cocaína, maconha e crack.
A Polícia Civil investiga o caso. Três delegados estão interrogando os policiais, que entregaram suas armas para a polícia.
Os feridos foram operados e estão internados no Hospital Geral Roberto Santos. Dois estão em estado grave e um deles não corre risco de morrer.
Um policial ficou ferido na ação. Ele foi atingido na cabeça por um tiro de raspão, mas passa bem.
Em nota, a Polícia Militar informou que as ações na região do Cabula foram intensificadas "com o objetivo de garantir à população a tranquilidade e a manutenção da rotina no bairro".
Em entrevista à imprensa pela manhã, o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, defendeu a ação e disse que o Estado tem de atuar de forma "enérgica" contra o crime organizado.
"A polícia deve agir com rigor, deve ser dura. Lógico, sem ser arbitrária. Mas atuando com firmeza", afirmou.