Folha de S. Paulo


Grupo faz ato contra a alta da tarifa na frente do prédio de Haddad; veja

Manifestantes voltaram a fazer nesta quinta-feira (29) mais um ato contra o aumento das passagens em São Paulo. O grupo chegou a parar na frente do prédio onde mora o prefeito Fernando Haddad (PT) para entregar o "troféu catraca".

O prédio foi cercado por policiais do Choque, enquanto os manifestantes usaram gritos de ordem e fizeram um ato simbólico, pulando uma catraca feita de papelão. "É o troféu catraca pela manutenção dos serviços das empresas e de seus lucros. Ganham o troféu aqueles que prestaram benefícios aos empresários", disse Maiara Vivian, do MPL.

Vizinhos de condomínio de Haddad, que fica no Paraíso (zona sul), saíram de seus apartamentos e tiraram fotos dos manifestantes. Enquanto alguns demonstraram apoio, outros criticaram o ato. "Tem que cobrar o cara no local de trabalho dele, não acho certo na porta de casa", disse Paulo Giovani, zelador de um prédio próximo ao de Haddad.

"Acho demagogia fazer manifestação contra R$ 0,50 num momento de Petrobras e falta de água. Mas acho que é direito fazer ato, não pode ter quebra-quebra", disse um morador do prédio de Haddad que não quis se identificar.

Veja vídeo

Após passar pelo prédio de Haddad, o grupo seguiu para a avenida 23 de Maio e devem ir até a Alesp (Assembleia Legislativa). Antes disso, já tinha sido fechada a avenida Paulista. A PM estima cerca de mil pessoas no ato, enquanto os organizadores apontam 7.000.

Esse é o sexto ato contra as passagens organizado pelo MPL (Movimento Passe Livre) desde o aumento das tarifas de ônibus, metrô e trem, ocorrido em 5 de janeiro.

Dos cinco anteriores, apenas um terminou de forma pacífica. Na última terça (27), o ato até começou sem confusão, mas terminou em confronto dentro da estação Faria Lima do metrô. PMs lançaram bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha. Pessoas passaram mal e a estação chegou a ser fechada.


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