Folha de S. Paulo


Geraldo Diniz Junqueira (1922-2015) - Criador de cavalos da raça manga-larga

Foi ao morar na então capital federal, o Rio de Janeiro, para estudar no extinto colégio de elite Aldridge, que o paulista de Orlândia Geraldo Diniz Junqueira pegou gosto pelos cavalos de corrida e passou a conhecer "pedigrees" e métodos de seleção.

Tempos depois, de volta à terra natal e já formado engenheiro-agrônomo pela USP de Piracicaba, dedicou-se à criação da raça manga-larga. Era um incentivador do "cavalo funcional", usado em esportes ou no trabalho com o gado, por exemplo.

Ao longo da vida, teve mais de mil animais, alguns de grande destaque, como Rigoni, Noruega, Hiroshima e o "campeão dos campões" Almanaque Mangalarga. Hoje ao cuidado dos filhos, a criação tem cerca de 250 cavalos.

Também lidava com bois da raça nelore no Centro-Oeste e mantinha fazendas e usinas de açúcar no interior paulista. Era fundador da Carol (Cooperativa dos Agricultores da Região de Orlândia).

Foi ainda presidente do Jockey Club de Ribeirão Preto e da Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo), além de secretário da Agricultura do Estado no final da década de 1970.

Morreu na quinta (22), aos 92 anos, de problemas de saúde causados pela idade.

Viúvo desde 2012 de Magdalena, teve quatro filhos (um já é falecido), 12 netos e 13 bisnetos. Foi enterrado no túmulo da família, em Orlândia, município fundado pelo avô Francisco Orlando.

Haverá duas missas do sétimo dia: uma hoje (28/1), às 19h, na paróquia São José, em sua cidade natal, e outra na sexta (30), também às 19h, na paróquia Santa Teresinha, em Higienópolis, São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br


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