Folha de S. Paulo


Lasaro Guimarães Silva (1922-2015) - Ao se aposentar, o contador virou advogado

Ao se aposentar, nos anos 1970, Lasaro Guimarães Silva dedicou-se a uma nova fase profissional: formou-se em direito e passou a ajudar os menos favorecidos, advogando gratuitamente. Para ele, era uma forma de retribuição e satisfação pessoal.

Nascido em pleno ciclo do café, viveu a infância em uma grande fazenda produtora do grão na paulista Rio Claro. Foi também onde nasceu o primo Ulysses Guimarães, em quem sempre votou.

Com o declínio do café, a família mudou-se para São Paulo, e Lasaro foi estudar contabilidade na Escola de Comércio Alvares Penteado.

Profissional estimado, saiu do tabelionato onde trabalhava ao ser convidado por Francisco "Baby" Pignatari, neto do conde Matarazzo, para dirigir uma das empresas.

Passou ainda pela indústria de tintas Sherwin-Williams, onde se aposentou.

Ocupou a direção da Arcesp (Associação dos Representantes Comerciais do Estado de São Paulo) e integrou várias diretorias do clube Esperia.

Também colaborou com a "Folha da Tarde", jornal do Grupo Folha que foi substituído em 1999 pelo "Agora".

Fã da natureza, reflorestou, sozinho, com milhares de araucárias, o sítio em Cajamar (SP). Plantou ainda ipês, quaresmeiras e paus-brasil.

Tinha um humor sutil, de "tiradas" como "Se para descansar precisa morrer, eu prefiro viver cansado".

Morreu na sexta-feira (16), aos 92, de câncer. Deixa a viúva, Therezinha, os filhos, Fabio e Rita, e quatro netos.

A missa do sétimo dia será na quinta (22), às 19h, na paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, no Bom Retiro, onde viveu por mais de 50 anos.

coluna.obituario@uol.com.br


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