Folha de S. Paulo


Hiroshi Komori (1929-2015) - Japonês apaixonado pelo Brasil

Como um aventureiro, Hiroshi Komori chegou ao Brasil em 1957 sem conhecer ninguém. Apaixonou-se pela cultura local (e por uma brasileira) e daqui não mais saiu —inclusive, naturalizou-se.

Aprendeu a gostar de churrasco, feijoada e caipirinha. Tornou-se corintiano.

Nem por isso deixou de cultivar as tradições de sua terra natal, o Japão. Participou de várias entidades nipo-brasileiras, como a Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social) e a Associação Cultural Kagoshima do Brasil, que reúne os nascidos naquela província, caso de Hiroshi.

Também trabalhou ativamente nas festividades do centenário da imigração japonesa ao Brasil, comemorado em 2008.

Veterinário formado pela Universidade de Tóquio, aqui trabalhou com vendas de produtos até abrir, com dois sócios, a Vitasa, empresa de importação e exportação de suplemento nutricional animal.

Como o negócio ficava em Atibaia, por cerca de 35 anos percorreu, diariamente, os 64 quilômetros que separam o município da capital paulista, onde sempre viveu.

Conheceu a mulher, Diana, logo que colocou os pés em São Paulo. Coincidentemente, foi morar na casa dos futuros sogros por indicação de um amigo em comum.

As horas de folga que não dedicava ao trabalho nas associações eram gastas no golfe, que passou a praticar aqui.

Morreu na terça-feira (13), aos 85 anos, de câncer no esôfago. Deixa Diana e os filhos, Edmundo e Albert.

coluna.obituario@uol.com.br


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