Folha de S. Paulo


Rio tem queda de 83% nos casos de morte causadas por dengue em 2014

O número de mortes causadas por dengue no Rio de Janeiro caiu 83% no ano passado, em comparação ao índice do mesmo período em 2013, em todo o país, segundo a Secretaria de Estado de Saúde.

A secretaria também informou que no ano passado, o Rio foi o Estado que apresentou a maior queda nos números de casos de dengue no Brasil. As notificações de casos da doença caíram 96%, em comparação com 2013.

No total, foram notificados 7.819 casos suspeitos de dengue no Estado em 2014, com 10 óbitos confirmados: Campos dos Goytacazes (4), Petrópolis (1), Rio de Janeiro (2), São Gonçalo (1), São José do Vale do Rio Preto (1), Vassouras (1).

Os dados de casos notificados foram compilados pela secretaria a partir de informações inseridas no sistema pelos municípios até o dia 7 de janeiro de 2013. Em 2013, foram notificados 217.977 casos suspeitos de dengue no Estado, com 60 óbitos.

"A população está mais consciente e hoje sabe que a melhor forma de se proteger do mosquito é evitar que ele se desenvolva, eliminando os criadouros dentro dos domicílios. Mas o alerta permanece para que esses índices continuem em queda, até que possamos permitir um cenário ainda mais seguro para os próximos anos", explica o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da SES, Alexandre Chieppe

'PRIMA DA DENGUE'

Enquanto o número de casos de dengue diminuiu, o Rio registrou aumento nos registros de uma outra doença, transmitidas pelos mesmos vetores da primeira: a febre chikungunya, conhecida como "prima da dengue", no ano passado.

De acordo com a Superintendência Epidemiológica e Ambiental da secretaria, o Estado confirmou sete casos da febre chikungunya: Rio de Janeiro (4), Arraial do Cabo (1), Nova Friburgo (1) e Petrópolis (1).

A secretaria informou que todas as notificações foram diagnosticadas em pessoas com registro de viagem internacional recente para países onde ocorre a transmissão e, portanto, não foram contaminadas no Brasil. Apesar de ainda não haver contaminação da doença no Estado, o superintendente Alexandre Chieppe alerta para o risco do vírus neste verão.

"O Chikungunya também é transmitido pelo Aedes aegypti e toda população está suscetível. A doença já chegou ao Brasil, com notificações de surtos na Bahia e no Amapá. Portanto, o controle dos criadouros nos ambientes residenciais e espaços públicos deve ser mantido para que não haja uma mudança de cenário no estado", afirma Chieppe.

A Secretaria Estadual de Saúde implementou um prontuário eletrônico para auxiliar os profissionais de saúde do Estado no atendimento a pessoas com dengue. Após inserir os dados do paciente no sistema, o programa avalia os sintomas e indica qual o melhor tratamento a ser seguido, e até aponta a necessidade de internação.


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