As principais medidas que aliviariam o caos em dias de chuva ainda engatinham.
A equação que gera transtornos aos paulistanos é formada pela queda de árvores sobre fios, que afeta o fornecimento de energia tanto para os consumidores em geral quanto para os semáforos.
As soluções mais debatidas são o enterramento de fios, a instalação de equipamentos capazes de manter a sinalização ligada por certo tempo mesmo sem energia –os nobreaks– e uma mapeamento detalhado das árvores.
No primeiro caso, o que pesa são os custos das obras, de cerca de R$ 15 bilhões apenas para o centro expandido.
A AES Eletropaulo propõe que a prefeitura assuma 70% dos custos para viabilizar o enterramento da fiação.
"São custos das obras civis, não têm nada a ver com eletricidade. É a repavimentação, a reconstrução da calçada. Não deveriam estar com o setor elétrico", diz Sidney Simonaggio, vice-presidente de operações da concessionária.
"Fica para o setor elétrico aquilo que sempre ficou: o fio, o transformador e demais equipamentos elétricos."
Lei municipal obriga as concessionárias a enterrar 250 km de fios por ano, mas a AES Eletropaulo afirma que ainda existem definições a serem feitas pelo município.
Simonaggio afirma que a empresa é a favor do enterramento, mas pondera que a rede aérea é padrão mundial.
"Em Nova York, por exemplo, a 5ª Avenida é enterrada, como a nossa avenida Paulista. Quando você vai até as bordas de Nova York, começa a ver postes."
Um projeto que mapeia a situação das árvores da cidade também avança a passos lentos nos últimos sete anos. A capital cadastrou só 48 mil (7,4%) das 650 mil árvores. A partir dos dados, é possível saber se uma árvore necessita de poda ou substituição.
A melhoria dos semáforos está mais avançada.
A prefeitura instalou 896 dos 1.400 nobreaks prometidos até 2016 pela gestão Fernando Haddad (PT). Isso representa 64% da meta, mas apenas 15% dos 6.138 semáforos existentes na cidade.