Folha de S. Paulo


Carlos Marigo (1927-2015) - Médico patologista apaixonado pelas artes

Curioso do mundo e das artes, nos últimos anos Carlos Marigo havia descoberto um novo passatempo: pintar lembranças que marcaram sua vida pessoal e profissional, como evocações da memória afetiva com a mulher, Wilma, já falecida, e detalhes da anatomia humana —sua primeira e perene paixão.

Médico patologista, pesquisador e professor, Carlos foi um dos responsáveis, em 1952, pela implantação do serviço de anatomia patológica da Santa Casa de São Paulo e pela criação, três anos mais tarde, da revista científica da instituição.

Em 1963, ajudou a fundar a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, onde lecionou por mais de 30 anos.

Entre outras funções, foi diretor técnico-científico da Fundação Oncocentro. Teve ainda seu próprio laboratório, prestando serviços aos hospitais Beneficência Portuguesa e Santa Catarina.

Como pesquisador, dedicou-se especialmente a investigar e estudar o câncer de intestino, tendo trabalhos publicados em periódicos nacionais e estrangeiros.

Era natural de São Carlos, no interior paulista, onde conheceu Wilma, de quem era viúvo havia dois anos, após quase sete décadas de união.

Além das pinturas, que expôs e distribuiu como presente a familiares e amigos, gostava de viajar, de fotografar a natureza e de apreciar a boa música, sobretudo Beethoven.

Morreu na quinta-feira (8), aos 87, de falência de múltiplos órgãos. Deixa seis filhos, seis netos e três bisnetos.

A missa do sétimo dia será rezada hoje (14/1), a partir das 19h30, na igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Jardim Paulistano.

coluna.obituario@uol.com.br


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