Folha de S. Paulo


Quatro dias após chuva em São Paulo, ainda há árvores caídas no chão

Quatro dias após o temporal que atingiu São Paulo, ruas de bairros da zona sul, como Moema, ainda possuem diversas árvores caídas ou restos de galhos que foram cortados pela prefeitura e permanecem no local.

Além de árvores, fios da rede elétrica também estão caídos em frente a casas nas ruas Jauaperi, Iraúna e na avenida República do Líbano.

Em nota, a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras de São Paulo disse que, até as 19h de quinta-feira (1º), foram registradas 548 ocorrências de queda de árvores na cidade. De acordo com o órgão, mais de 500 destas árvores já tinham sido cortadas para liberação das vias.

Anderson Prado/Folhapress
Árvores que caíram após ventania em SP não foram retiradas de ruas após quatro dias
Árvores que caíram após ventania em SP não foram retiradas de ruas após quatro dias

Segundo a secretaria, em 2014, foram registradas 2.284 quedas de árvores na cidade, 21% a mais do que em 2013, quando o total chegou a 1.881.

FALTA DE LUZ

Na quinta-feira (1º), poucas pessoas ainda sofriam com a falta de luz gerada pelo temporal da madrugada de segunda-feira (29), que teve rajadas de vento de 96,3 km/h.

Segundo a AES Eletropaulo, no começo da tarde, restavam somente dez casos pontuais de locais sem luz que estavam sendo atendidos pelas equipes de eletricistas.

De acordo com a companhia, 500 mil consumidores chegaram a ficar sem energia.

Em Moema (zona sul), o empresário Hélio Coelho, 55, ficou sem luz na sua imobiliária no domingo em função de um cabo que se rompeu com a queda de árvores. O abastecimento foi restabelecido somente no meio da tarde de quinta-feira.

Segundo ele, o prejuízo não foi tão grande porque a equipe que estava trabalhando era reduzida em função do recesso de final de ano. Ainda assim, ele aguardava a volta da luz para contabilizar o total de equipamentos que acabaram queimando com as quedas de energia.

Perto dali, um posto de combustíveis na av. dos Bandeirantes só voltou a abrir na quarta-feira (31) e teve que se desfazer de alimentos congelados e picolés que estragaram com a falta de luz.

Na Vila Olímpia (zona oeste), por pouco os moradores da rua Doutor Andrade Pertence não tiveram que passar a virada do ano no escuro. A luz retornou apenas por volta de 17h do dia 31.

Mesmo assim, depois de dois dias e meio sem energia, o morador Antonio Marcos Corrêa da Silva, 41, precisou colocar fora seis quilos de carne que havia comprado para a ceia de Ano-Novo.


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