Folha de S. Paulo


Alckmin recua e decide incluir grande consumidor em sobretaxa da água

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) voltou atrás e resolveu incluir os grandes consumidores na cobrança da sobretaxa de água.

A Sabesp pretende cobrar, a partir de janeiro, uma taxa extra de quem ampliar o consumo sobre a média de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014. Isso ocorrerá em 31 cidades.

Pelas novas regras, quem tiver um aumento de consumo de até 20% terá acréscimo de 20% na conta. Já os que gastarem acima de 20% em relação a sua média terão ônus de 50% na conta.

Como a Folha revelou, a Sabesp mostrou em audiência pública na segunda (29) a intenção de poupar grandes comércios e indústrias que têm contrato na modalidade denominada "demanda firme".

Para que um cliente fosse enquadrado nesse modelo (com tarifas diferenciadas), seria necessário o consumo de 500 m³ ou mais por mês –o suficiente para abastecer uma família com três pessoas por mais de quatro anos.

Há 500 contratos desse tipo que, somados, consomem em média 1,9 milhão de m³ de água por mês.

Em vez da sobretaxa, alegava a Sabesp, os grandes consumidores teriam uma punição diferenciada. Se aumentassem o consumo, teriam a suspensão temporária do contrato por "demanda firme" e acabariam pagando a tarifa normal, mais alta.

Nesta terça (30), porém, a empresa afirmou que foi decidido que todos os consumidores seriam tratados da mesma maneira.

Continuam sendo exceção aqueles com consumo inferior a 10 m³ mensais, que ficam isentos da sobretaxa.

A liberação da cobrança adicional tem de ser decidida ainda pela Arsesp (agência de saneamento), cuja direção deve se reunir no dia 7.

CANTAREIRA

O sistema Cantareira, mais importante para a região metropolitana, vive a maior crise de sua história. Nesta terça, seu nível se manteve estável –com 7,3% da capacidade–, assim como o Alto Cotia.

Já Alto Tietê, Guarapiranga, Rio Grande e Rio Claro tiveram ligeiro aumento.


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