Folha de S. Paulo


Parque Ibirapuera é parcialmente reaberto após ter 25 quedas de árvores

O parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, foi parcialmente reaberto na tarde desta segunda-feira (29) após a queda de 25 árvores no local. A liberação aconteceu apenas nos portões 2, 3 e 9. A expectativa é que o local volte a funcionar normalmente nesta terça (30).

A Secretaria do Verde e Meio Ambiente, responsável pelo parque, afirmou que os ventos chegaram a 96,5 km/h durante a madrugada, o que impossibilitou a abertura do parque às 5h, o que nunca havia acontecido. Houve danos materiais nos prédios da administração e no setor de eventos do parque. Além disso, postes de iluminação também foram danificados.

Ao todo, a Prefeitura de São Paulo registrou 274 quedas de árvores nesta segunda-feira, o que corresponde ao maior número que árvores caídas em um único dia na história. Apenas na avenida República do Líbano, sete árvores caíram. Duas linhas da CPTM também chegaram a registrar problemas por conta das quedas.

De acordo com o engenheiro florestal das Subprefeituras Danilo Mizuta todas as reclamações sobre problemas em árvores feitas à prefeitura são verificadas por engenheiros agrônomos das subprefeituras. "O que acontece é que, muitas vezes, a reclamação é feita por outros motivos que não a saúde da árvore. O fiscal checa e, se estiver saudável, a árvore não é podada nem retirada. E o cidadão que reclamou acha que nada foi feito."

"Infelizmente, há muito cidadão que reclama da árvore por motivos como queda de folhas na garagem ou nas calhas ou mesmo por sombra excessiva. Mas, se a sanidade da árvore não está alterada nem há risco de queda, não podemos retirar da calçada um ser vivo que presta um serviço ambiental importante para a cidade: aumenta a umidade relativa do ar, promove o conforto térmico, cria áreas de permeabilidade do solo etc."

Ele informa que a presença de ocos no tronco, de muitos galhos secos ou de levantamento de calçadas por raízes são indicativos para o pedido de vistoria de uma árvore. Esses pedidos podem ser feitos pelo SAC, pelo telefone 156 ou pelo atendimento de cada uma das subprefeituras.

ESTRAGOS

O administrador, o engenheiro Heraldo Guiaro, 55, afirmou que queria isolar as áreas com queda de árvores para abrir o parque. Mas, ao fazer a primeira ronda de bicicleta, ele viu os estragos que os ventos fortes e a chuva fizeram e decidiu adiar a abertura.

"A cena é de destruição, várias árvores jovens e veteranas caídas por todo parque. Há duas grandes em cima de edificações que comprometem a estrutura e o uso dos prédios. Outra caiu no prédio da administração e uma em uma lanchonete do parque destruindo parte do telhado e as barracas de lonas.

Guiaro afirmou que a pista de corrida estava cheia de galhos e enormes eucaliptos estavam caídos, bloqueando a passagem. "Os funcionários da limpeza não tiveram nem tempo para recolher o lixo do fim de semana que se mistura com galhos e folhas das árvores, inclusive com sacos de lixo pelo lago. Na ciclovia tem galhos e muitas folhas pelo percurso e, na região próxima ao bambuzal, havia lama na pista."


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