Folha de S. Paulo


Com 286 casos, SP registra o maior número de árvores caídas da história

A Prefeitura de São Paulo informou na tarde desta segunda-feira (29) que 286 árvores caíram na cidade após um forte temporal. De acordo com o engenheiro florestal da Secretaria de Coordenação de Subprefeituras, Danilo Mizuta, esse número é o maior da história.

"As quedas ocorreram porque as chuvas foram muito intensas e concentradas, com rajadas de vento extremamente fortes, superiores a 95 km/h. Para se ter uma ideia, ventos de 120 km/h já são considerados furacão", disse Mizuta.

O parque Ibirapuera, na zona sul, não abriu nesta manhã por causa dos estragos causados pela chuva.

Segundo a secretaria, é a primeira vez que o parque é fechado devido à queda de árvores. A pasta diz que o parque só será reaberto após a remoção das árvores e que a medida foi feita para garantir a segurança dos usuários.

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), há problemas também em 102 semáforos, dos quais 46 já estavam em manutenção e 56 desligados por falta de energia elétrica. Mesmo com o problema nos semáforos e nas árvores, o trânsito na capital paulista está bem abaixo da média por conta do período de férias. O rodízio municipal de veículos está suspenso na cidade e só volta a vigorar no dia 12 de janeiro.

Os trens da linha 11-coral da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), estão circulando com velocidade reduzida e maior tempo de parada nas estações após a queda de uma árvore entre as estações Itaquera e Tatuapé. Pela manhã, a linha 10-turquesa chegou a ficar sem funcionar por conta de uma árvore ter atingido a rede elétrica

De acordo com o engenheiro Danilo Mizuta, todas as reclamações sobre problemas em árvores feitas à prefeitura são verificadas por engenheiros agrônomos das subprefeituras. "O que acontece é que, muitas vezes, a reclamação é feita por outros motivos que não a saúde da árvore. O fiscal checa e, se estiver saudável, a árvore não é podada nem retirada. E o cidadão que reclamou acha que nada foi feito."

"Infelizmente, há muito cidadão que reclama da árvore por motivos como queda de folhas na garagem ou nas calhas ou mesmo por sombra excessiva. Mas, se a sanidade da árvore não está alterada nem há risco de queda, não podemos retirar da calçada um ser vivo que presta um serviço ambiental importante para a cidade: aumenta a umidade relativa do ar, promove o conforto térmico, cria áreas de permeabilidade do solo etc."

Ele informa que a presença de ocos no tronco, de muitos galhos secos ou de levantamento de calçadas por raízes são indicativos para o pedido de vistoria de uma árvore. Esses pedidos podem ser feitos pelo SAC, pelo telefone 156 ou pelo atendimento de cada uma das subprefeituras.


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