Folha de S. Paulo


Indicação de subprefeitos melhora diálogo, diz gestão Haddad

A Prefeitura de São Paulo afirmou considerar normal a indicação por parte de aliados por se tratar de um governo de coalizão de partidos.

A administração ressalta, porém, que critérios técnicos e carreira na administração pública são exigências que não foram colocadas de lado.

Em julho, a Folha revelou que Haddad havia passado a aceitar as indicações de subprefeitos por parte de vereadores, após iniciar a gestão com profissionais de perfil estritamente técnico.

"A flexibilização em termos de indicação não significa eximir do perfil do nomeado a qualificação técnica. Antes disso, objetiva contribuir para que os subprefeitos e suas equipes cumpram de maneira mais efetiva o seu papel, que também é o de manter diálogo qualificado com as entidades representativas da região, como associações comerciais e movimentos populares", afirmou a gestão Fernando Haddad (PT), por meio de nota.

AFINIDADE

Líder da bancada do PT na Câmara, Alfredinho Cavalcanti disse que muitos dos técnicos de carreira colocados no início da gestão tinham dificuldade em administrar as subprefeituras por "não terem afinidade política com a região".

Além de defender as indicações políticas, o petista afirmou que o orçamento destinado para as subprefeituras é muito pequeno.

"Mas mesmo um pouco engessados por causa do baixo orçamento, os subprefeitos têm trabalhado bem", disse. Cavalcanti tem ingerência na Subprefeitura de Parelheiros, no extremo sul da cidade.

Nelo Rodolfo (PMDB) confirmou que fez indicações para cargos na Subprefeitura de Santana, seu reduto eleitoral na zona norte. "Fiz indicações lá, sim. O chefe de gabinete foi eu que indiquei."

Sobre o subprefeito, Rodolfo diz que não foi indicação sua, mas que teve influência. "Lutei muito para trocar o subprefeito, porque o anterior não morava no bairro. Agora colocaram uma pessoa com identificação [com Santana], conhecido na região, sócio do [clube] Esperia", disse.


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