Folha de S. Paulo


Câmara aprova devolução de IPTU para contribuinte que pagou a mais

A Câmara de São Paulo aprovou nesta terça-feira (16) o projeto do prefeito Fernando Haddad (PT) que prevê a devolução de dinheiro a 454 mil contribuintes que pagaram IPTU a mais em 2014. Boa parte dos 54 vereadores não votou. Dos que se manifestaram (confira a lista abaixo), 28 foram favoráveis e 1 contrário.

O mesmo projeto prevê o perdão para aqueles que deveriam pagar mais em 2014. Uma emenda do vereador José Police Neto (PSD), que prevê desconto do imposto de 50% para microempresários e 25% para médios e pequenos empresários também foi aprovada. O texto e a emenda irão para segunda votação.

Os beneficiários são donos de imóveis que teriam isenção ou redução do imposto neste ano, mas acabaram pagando a mais depois que a Justiça barrou o reajuste previsto pela gestão Haddad.

No mês passado, o Tribunal de Justiça derrubou uma liminar (decisão urgente) que vetava a atualização do imposto, o que permitirá a nova cobrança em 2015.

Parlamentar Partido A favor
Alfredinho PT Sim
Antonio C. Rodrigues PR Sim
Arselino Tatto PT Sim
Aurélio Miguel PR Sim
Calvo PMDB Sim
Conte Lopes PTB Sim
Dalton Silvano PV Sim
David Soares PSD Sim
Donato PT Sim
Edir Sales PSD Sim
George Hato PMDB Sim
Gilson Barreto PSDB Não
Jair Tatto PT Sim
José Américo PT Sim
Juliana Cardoso PT Sim
Laércio Benko PHS Sim
Marquito PTB Sim
Nabil Bonduki PT Sim
Netinho de Paula PC do B Sim
Noemi Nonato Pros Sim
Ota Pros Sim
Paulo Fiorilo PT Sim
Paulo Frange PTB Sim
Pr. Edemilson Chaves PP Sim
Reis PT Sim
Ricardo Nunes PMDB Sim
Senival Moura PT Sim
Toninho Paiva PR Sim
Vavá PT Sim

Aprovado no ano passado, o reajuste do IPTU deverá causar aumento de até 30% para imóveis comerciais e até 15% para residenciais em 2015.

O projeto não explica, porém, como será feita essa devolução. Para os que não são isentos, o reembolso pode ocorrer por meio de um abatimento no próprio carnê a ser pago no ano que vem. Porém, não está descartada ainda a hipótese em crédito na conta bancária.

O reembolso deve custar algo em torno de R$ 170 milhões aos cofres públicos. Segundo o relator do Orçamento, Ricardo Nunes (PMDB), a verba para bancar o reembolso deve ser retirada de uma "sobra" de receita que a prefeitura deve conseguir com a renegociação da dívida com a União, o que reduzirá os gastos anuais com pagamento de juros.

Editoria de Arte/Folhapress

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