Folha de S. Paulo


Oswaldo Batista Rosa (1947-2014) - Desde jovem, Vadão foi um grande pé de valsa

O andar pacato a passos curtos identificava de longe Vadão (ou Vadeco), apelido herdado por Oswaldo Batista Rosa ainda na infância.

Os pés também eram protagonistas de outra característica: a habilidade na dança.

Ainda na juventude, ficou conhecido entre alguns amigos como "pé de valsa". Frequentava bailes na região da Vila Guilhermina, bairro da zona leste de São Paulo onde nasceu e foi criado.

Depois de casado e já na "melhor idade", passou a fazer aulas de dança de salão ao lado da mulher, Doraci, com quem viveu por 45 anos.

Outro ponto forte era contar piadas e histórias, principalmente nos churrascos organizados todos os meses, quase sempre aos domingos.

Por falta de oportunidade, Vadão só conseguiu estudar até o segundo grau, mas tinha muito orgulho de ter educado os filhos no tradicional colégio de freiras São José de Vila Matilde, onde gostaria ter estudado, e de vê-los formados em uma faculdade.

Metalúrgico por profissão, teve vários ofícios: desde técnico em laboratório farmacêutico a gerente de revendedora de carros. Em sua carteira de trabalho consta o primeiro registro profissional, como engraxate, aos 12 anos.

Fã de músicos como Cazuza, Roberto Carlos e Djavan, também gostava de anônimos como o cantor Toninho Nascimento, que conheceu em um quiosque de praia.

Não perdia um episódio dos humorísticos "Chaves" e "Chapolin", antes na companhia do filho caçula, André, e ultimamente com a neta Sophia, que ajudou a criar.

Morreu no dia 5, aos 67 anos, de câncer. Deixa Doraci, quatro filhos e sete netos.

coluna.obituario@uol.com.br


Endereço da página:

Links no texto: