Folha de S. Paulo


Apesar das chuvas, nível do Cantareira cai; Alto Tietê permanece estável

Apesar da forte chuva que atingiu a Grande São Paulo nesta sexta (12), o nível do sistema Cantareira voltou a cair neste sábado (13), para 7,4% da capacidade. Ontem, estava com 7,5% –redução de 0,1 ponto percentual em relação ao dia anterior. O reservatório fornece água para 6,5 milhões de pessoas e já utiliza a segunda cota do volume morto —água que fica abaixo das bombas de captação.

Outro sistema que tem situação crítica é o do Alto Tietê, que abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da Grande São Paulo. O nível do reservatório opera com 4,2% de sua capacidade desde a sexta –nível que permanece neste sábado. De acordo com especialistas, o Alto Tietê depende de chuva intensa nas próximas semanas para não entrar em colapso em janeiro, antes mesmo do Cantareira.

A pedido do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), a Sabesp já solicitou ao Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo) autorização para o uso do volume morto no Alto Tietê.

Os níveis de todos os outros reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo subiram.

O sistema de Rio Claro, que atende 1,5 milhão de pessoas, opera com 26,6% de sua capacidade. De sexta para sábado, o nível do sistema aumentou 0,2 ponto percentual. O sistema Alto Cotia, que atende a 400 mil pessoas, opera com 29,6% de sua capacidade nesta sexta, crescimento de 0,5 ponto percentual em relação ao dia anterior.

Os sistemas de Guarapiranga e Rio Grande também aumentaram a sua capacidade: 1,2 e 1,3 ponto percentual, respectivamente. Na represa Guarapiranga, que atende 4,9 milhões de pessoas, o nível chegou a 33,4% de sua capacidade. Já no Rio Grande, que fornece água para 1,2 milhão de pessoas, o reservatório opera com 64% de sua capacidade nesta sábado.

De acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura, o fim de semana terá nebulosidade e pancadas de chuva na região metropolitana.

TROCA

Na quinta (11), Alckmin anunciou uma nova mudança na pasta responsável por administrar a crise da água –que já havia passado por uma troca de comando oito meses atrás. O atual secretário de Recursos Hídricos, Mauro Arce será substituído pelo engenheiro civil Benedito Braga a partir de janeiro de 2015.

O novo titular da pasta é um defensor de punir, por meios econômicos, o consumo excessivo de água. Na prática, adota discurso ao encontro das últimas declarações de Alckmin –que estuda sobretaxa na conta para punir os chamados "gastões".

Editoria de Arte/Folhapress

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