Na hora de procurar um trabalho voluntário, a maioria das pessoas ainda procura as instituições religiosas para oferecer ajuda. Mas, a internet tem ganhado cada vez mais espaço nesse momento. Segundo a pesquisa da Fundação Itaú Social feita pelo Datafolha 20% dos entrevistados procuram em sites informações sobre onde ser voluntário. Nesta sexta-feira (5), é comemorado o Dia Internacional do Voluntário.
De acordo com o levantamento, 33% dos entrevistados procuraram uma igreja, templo, sinagoga, entre outros para se tornar voluntário. As associações de bairro (18%) e informações com amigos e parentes (17%) também são as mais comuns.
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A coordenadora-geral do Centro de Voluntariado de São Paulo, Sílvia Naccache, tem um site com mais de 1.250 entidades cadastradas onde é possível escolher a entidade mais próxima, por exemplo, do seu trabalho ou de casa e ainda selecionar se prefere trabalhar com crianças, idosos, animais, pessoas doentes, etc.
Segundo Silvia, é feito um cadastro contínuo com as instituições e são oferecidas capacitações para que saibam como receber o voluntariado. "Não adianta a pessoa bater lá na ONG, por exemplo, e o programa de voluntariado não estar organizado", comenta.
A Folha mostrou que apenas 11% dos brasileiros dizem fazer trabalho voluntário. O levantamento ouviu, no início de setembro, 2.024 pessoas em 135 cidades do país.
O vice-presidente da Fundação Itaú Social, Antonio Matias, o voluntariado está em expansão. "A pesquisa mostrou que 58% dos brasileiros estão dispostos a fazer atividades. Se houver um chamamento das ONGs, por exemplo, mais pessoas vão participar", diz.
Silvia explica que o trabalho voluntário tem sido facilitado pois as pessoas encontram várias maneiras de ajudar. "O voluntariado está presente nas escolas, nas empresas, na comunidade. Fora os eventos esportivos, coo a Copa e as Olimpíadas que recebem milhares de voluntários", comenta. Segundo ela, até a pessoa que faz doações de sangue é considerado um voluntário.
A representante Centro de Voluntariado de São Paul diz ainda que as pessoas podem fazer voluntariado sem sair de casa, o chamado voluntário digital. "Existem muitos formatos de trabalho voluntário diferentes. Que quer fazer, faz. É uma questão de gestão de escolha de tempo pois a maioria que faz trabalho voluntário, trabalha fora", comenta.
A pesquisa mostrou também que a falta de tempo é o maior obstáculo, segundo os entrevistados. A justificativa é citada por 42% dos que já fizeram serviços de caridade e abandonaram a ação. E 40% dos entrevistados que nunca fizeram trabalho voluntário também usam essa justificativa por não fazer a atividade.
Apesar de a pesquisa mostrar que a "falta de tempo" é a principal desculpa para não fazer voluntariado, a maioria (69%) dos que fazem o trabalho são da chamada população economicamente ativa, ou seja, trabalham, tem nível superior e idades entre 35 e 50 anos.