O homem que foi preso nesta quarta-feira (3) suspeito de decapitar três pessoas nesta manhã em Mogi das Cruzes, na Grande SP, confessou os crimes, segundo a polícia.
Ele disse que precisava matar para se "livrar de um mal maior" e que se inspirou ao ver filmes sobre o islamismo. As suas principais vítimas eram moradores de rua porque, segundo seu depoimento à polícia, eles "não pagavam impostos".
Jonathan Lopes de Santana, 23, ainda segundo a polícia, admitiu ter cometido outros dois crimes: um assassinato na cidade de Poá, ocorrido nesta terça-feira (2), e o ataque a dois moradores de rua –que morreram na madrugada de segunda-feira (1º) em Mogi das Cruzes. Uma sétima vítima está internada em estado grave. A Folha não conseguiu contato com a família e a defesa do suspeito.
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A polícia chegou até o suspeito após uma testemunha avisar a polícia sobre uma das mortes. Ela viu uma das vítimas sendo atacada e passou o modelo e a placa do veículo do rapaz à polícia, que localizou o jovem na casa do pais. O nome do criminoso não foi divulgado pela polícia.
No momento da prisão, Santana tentou impedir a entrada de policiais militares em sua casa. No imóvel, os policiais encontraram o carro dele que estava com o volante e o freio de mão com marcas de sangue. No tanque de lavar roupas da casa também foram achadas uma calça e um par de botas cobertos de sangue, além de uma faca molhada com vestígios de sangue. Na casa, os policiais também apreenderam uma machadinha e uma outra faca.
O suspeito foi então levado para a delegacia seccional de Mogi. A polícia ainda investiga se ele contava com ajuda de alguém para cometer os crimes. Aos policiais, Santana disse também que tinha um pacto de matar três pessoas em uma hora na manhã desta quarta.
OS CRIMES
Segundo a polícia, por volta das 7h desta quarta-feira, a PM foi acionada para ir até o bairro Mogilar pois havia o corpo de um homem decapitado. No local, a polícia constatou que era um morador de rua de aproximadamente 35 anos e que dormia quando foi atacado.
Poucos minutos depois, a polícia recebeu um novo chamado na avenida Antonio de Almeida, no Rodeio. Lá, Rose Coentro, de cerca de 50 anos, foi decapitada. Uma testemunha que trabalhava próximo ao local do crime foi ouvida pela polícia e disse que um homem magro de cor parda desferiu golpes na vítima, que praticava exercícios correndo na via. Em seguida, ele fugiu em seu Astra.
A polícia foi então chamada para uma terceira ocorrência onde uma outra mulher foi achada decapitada em uma avenida do bairro César de Souza. A mulher, que aparentava ter 40 anos, estava a caminho do trabalho quando foi decapitada. Segundo a polícia, todas as vítimas tiveram a cabeça separada do tronco.
O suspeito também confessou participação no ataque a dois moradores de rua agredidos enquanto dormiam em uma rua no centro de Mogi.Um deles, que ainda não foi identificado, morreu. O outro está internado em estado grave.
Segundo a PM, as vítimas apresentavam ferimentos na cabeça causados por uma faca. Eles também tiveram o rosto queimado. O outro crime, ocorrido em Poá, a vítima foi uma mulher que foi decapitada perto da linha do trem na noite de terça. O nome das vítimas ainda não foi divulgado pela polícia.
Colaborou FABRÍCIO LOBEL