Folha de S. Paulo


Vidros de proteção somem da 'fonte das lagostas' no centro

Nos anos 1970, Adoniran Barbosa compôs a música "Roubaram a Lagosta", que fala sobre o furto de peças de bronze que adornavam a Fonte Monumental, instalada desde 1927 na praça Júlio de Mesquita, no centro.

Até esta segunda-feira (1º), as lagostas estavam lá, mas placas de vidro instaladas para proteger a obra, não. Foram destruídas.

Passado um ano e meio de uma reforma que custou cerca de R$ 500 mil e durou oito meses, o monumento virou alvo constante de vândalos.

As placas foram colocadas no entorno da obra, também chamada de "fonte das lagostas", em maio de 2013. Para garantir a proteção, guardas civis municipais também faziam plantão no local. Agora, ao menos duas placas não estão mais ali. Uma terceira está estilhaçada.

A Folha esteve no local entre semana passada e esta segunda-feira (1º). Um carro da GCM (Guarda Civil Municipal) que ficava ali no ano passado nem sempre está presente.

"No começo, os guardas ficavam aqui dia e noite. Agora, eles passam de vez em quando ao longo do dia", disse um comerciante que trabalha em frente à fonte e pediu anonimato.

Durante a reforma, a fonte ficou escondida por tapumes. Com a reinauguração, moradores da região voltaram a frequentar o local. "Durou pouco", disse o comerciante.

A barreira de vidro foi instalada para evitar que o monumento fosse usado como banheiro. Na ocasião, algumas das peças de bronze que compunham o chafariz foram trocadas por outras de resina.

A Subprefeitura Sé disse que iniciou processo de licitação para contratar a empresa que fará o conserto da proteção do monumento, o que deve ocorrer até o fim do ano.

Segundo nota, os serviços de conservação das áreas verdes na praça são realizados mensalmente e a Guarda Civil Metropolitana atua no local por meio de rondas.


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